Às vésperas da eleição presidencial e
com o preferido da população (Lula da Silva) preso numa solitária de Curitiba,
sem nenhum pudor o Desembargador Gebran Neto (amigo íntimo do Sérgio Moro) que condenou
o ex-presidente (e esticou a pena para 12 anos), vem a público para confirmar aquilo
que metade do mundo e a outra banda já sabiam: Lula da Silva é um “preso
político”, detido a fim de evitar que volte ao poder nos braços do povo (hoje,
segundo as pesquisas, levaria no primeiro turno, com folga). Veja abaixo:
Jornal GGN - A coluna Radar, de Lauro Jardim, na Veja,
trouxe o inimaginável: Gebran Neto, desembargador do TRF4, disse a amigos que
atropelou o desembargador Favreto por considerar a 'única saída' para impedir
liberação de Lula. É muito grave.
A declaração contida em Veja
escancara o partidarismo dos juízes envolvidos com a prisão de Lula. Um
desembargador atropela a lei para impedir que o ex-presidente seja liberado
demonstra que a prisão é política sim e continua sendo o maior trunfo da Lava
Jato. O que muda na percepção dos críticos da situação, é que esta é a primeira
declaração clara sobre as manobras.
Segundo o colunista da Radar, de
Veja, o desembargador preferiu cometer ilegalidades a evitar o que chama de 'um
erro ainda mais danoso', que era a justa liberação do ex-presidente. Tal
declaração teria sido feita no dia 8 de julho, quando o desembargador Rogério Favreto
aceitou o pedido de habeas corpus em favor de Lula.
A situação beira o descaramento,
quando vale tudo para manter Lula preso e calado, sem poder se valer de seus
direitos fundamentais. Nem Moro poderia contestar a decisão de Favreto, nem
Gebran poderia atropelar a decisão do juiz que estava de plantão. Os dois
magistrados, em gozo de férias, agiram rapidamente usando, inclusive, os
guardas da PF de Curitiba. Moro acionou os guardas e Gebran, e este veio célere
reforçar a decisão. Por fim, entra o presidente do TRF4 que, longe de defender
a legalidade da decisão de Favreto, interveio para derrubar o habeas corpus.
Somente o órgão colegiado do TRF4
poderia revogar a ordem de habeas corpus deferida por Favreto, não fosse, é
claro, essa poltiização descarada da Justiça.
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Fato é que, tivéssemos um Supremo
Tribunal Federal que honrasse tal denominação, não só o desembargador Gebran Neto,
como o juiz Sérgio Moro, estariam hoje vendo o sol nascer quadrado, não só por
essa, mas pelas infindáveis arbitrariedades perpetradas ao longo da “perseguição
implacável” ao ex-presidente (por quatro anos), sem que houvessem colhido
nenhuma prova de supostos ilícitos.
Assim, embora com atraso, tal declaração
de Gebran Neto escancara de vez o partidarismo dos juízes envolvidos com a
prisão de Lula da Silva. Afinal, quando um desembargador atropela a lei para
impedir que o ex-presidente seja liberado demonstra que estamos ante uma prisão
política, sim, e que o mote usado pela Lava Jato (sobre corrupção) não passa de
cortina de fumaça para acabar com o Estado Democrático de Direito, em nosso
país.
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