Em priscas eras (ou no tempo
da vovozinha), o Poder Judiciário (no Brasil) era nominado de “guardião da
sociedade”, no pressuposto de que demandas não resolvidas ou que dúvidas suscitassem
(de qualquer ordem), ali desaguariam e seriam resolvidas sem maiores traumas ou
celeumas.
No entanto, como os tempos são
outros, o outrora bem-conceituado Poder Judiciário passou por uma metamorfose
colossal e, hoje, figura como uma das instituições de credibilidade seriamente comprometida
ante a sociedade, mercê das incríveis peripécias dos seus integrantes.
Tráfico de influência, venda
de sentenças, desobediência sistemática à Constituição Federal, condenações sem
provas, abuso de autoridade e por aí vai, o levaram a tal patamar.
Com o surgimento da tal
Operação Lava Jato é que a coisa piorou (e muito), porquanto, se antes a coisa
era circunscrita a determinados segmentos judiciais, agora os próprios componentes
do Supremo Tribunal Federal (instância maior do Judiciário), tiveram que “entrar
na dança”, pra valer.
Só que o fizeram fora de
ritmo, de forma descompassada e atabalhoada,
já que, frouxos, prolixos e covardes, com medo da reação popular no tocante à
Operação Lava Jato chancelaram todas as flagrantes e cabeludas ilegalidades
praticadas por um despreparado e abusado juiz de primeira instância (conduções
coercitivas sem a devida notificação, longas prisões sem necessidade de provas,
condenações por personalíssimas convicções e achismos e por aí vai).
Pra completar, as
notificações do STF enviadas aos mafiosos políticos com assento no Congresso
Nacional (Eduardo Cunha, Renan Calheiros e outros), foram simplesmente
ignoradas, e ficou o dito pelo não dito.
No entanto, o clímax da
desmoralização veio nesses dias, quando o próprio Presidente do Supremo
Tribunal Federal (Dias Toffoli) determinou que a votação para a eleição do
Presidente do Congresso Nacional fosse realizada via voto secreto.
Como os mafiosos políticos não
gostaram nem um pouco da presumível interferência do Judiciário no Legislativo,
fizeram questão de, ao votar, exibir para a televisão como o tinham feito. Ou seja, bateram de frente com o dito cujo, sem
o menor temor, como que a indicar que, “aqui, você não apita nada”.
Justa e merecida desmoralização
pública do STF, ao vivo e a cores.
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