Chancelados pela Associação Nacional dos Procuradores da
República (ANPR), foram dez os candidatos inscritos para a função de Procurador
Geral da República, a ser eleito no mês de setembro próximo, a saber: Antonio
Carlos Fonseca Silva, subprocurador; Blal Dalloul, procurador regional; José
Bonifácio Borges de Andrada, subprocurador; José Robalinho Cavalcanti,
procurador regional; Lauro Cardoso, procurador regional da República; Luiza
Frischeisen, subprocuradora; Mário Bonsaglia, subprocurador; Nívio de Freitas
Silva Filho, subprocurador; Paulo Eduardo Bueno, subprocurador; Vladimir Aras,
procurador regional da República.
De praxe, os três candidatos mais
votados têm seus nomes e currículos submetidos ao Presidente da República, a
fim que o ungido seja oficialmente anunciado e empossado.
Escorregadia, matreira e inconfiável,
embora não tenha se inscrito a atual procuradora Raquel Dodge trabalha
denodadamente nos bastidores tentando se viabilizar junto ao Presidente da
República, porquanto este já afirmou que poderá escolher um candidato da sua
preferência, não constante da tal lista tríplice.
Sabedora do ódio visceral que o atual
ocupante do Palácio do Planalto nutre em relação ao ex-presidente Lula da Silva
(a quem deseja que “mofe na cadeia”), a atual procuradora encontrou um meio de tentar
obter a sua simpatia, visando uma possível recondução à função: em expediente
ao Supremo Tribunal Federal, manifestou-se radicalmente contrária à concessão
do habeas corpus interposto pela defesa do ex-presidente, solicitando sua
soltura, com base em robustos argumentos.
Duas são as irregularidades
de tal posicionamento da atual procuradora: de pronto, vai ela de encontro à
preferência manifesta dos colegas procuradores, que optando pela renovação
sequer lembraram do seu nome; num segundo momento, fica mais que explicitado ter
havido um ato de corrupção pontual, porquanto a senhora Dodge, pra tentar
manter-se na função, desfraldou vigorosamente a bandeira anti-Lula da Silva, no
pressuposto de obter a simpatia do Presidente da República, em benefício
próprio.
“Malandragem” em toda a sua
plenitude (e que ignora aquilo que de mais sublime um homem possa auferir: a liberdade).
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