sábado, 22 de junho de 2019

A "MALANDRAGEM" DA PROCURADORA - José Nilton Mariano Saraiva


Chancelados pela   Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), foram dez os candidatos inscritos para a função de Procurador Geral da República, a ser eleito no mês de setembro próximo, a saber: Antonio Carlos Fonseca Silva, subprocurador; Blal Dalloul, procurador regional; José Bonifácio Borges de Andrada, subprocurador; José Robalinho Cavalcanti, procurador regional; Lauro Cardoso, procurador regional da República; Luiza Frischeisen, subprocuradora; Mário Bonsaglia, subprocurador; Nívio de Freitas Silva Filho, subprocurador; Paulo Eduardo Bueno, subprocurador; Vladimir Aras, procurador regional da República.
De praxe, os três candidatos mais votados têm seus nomes e currículos submetidos ao Presidente da República, a fim que o ungido seja oficialmente anunciado e empossado.
Escorregadia, matreira e inconfiável, embora não tenha se inscrito a atual procuradora Raquel Dodge trabalha denodadamente nos bastidores tentando se viabilizar junto ao Presidente da República, porquanto este já afirmou que poderá escolher um candidato da sua preferência, não constante da tal lista tríplice.
Sabedora do ódio visceral que o atual ocupante do Palácio do Planalto nutre em relação ao ex-presidente Lula da Silva (a quem deseja que “mofe na cadeia”), a atual procuradora encontrou um meio de tentar obter a sua simpatia, visando uma possível recondução à função: em expediente ao Supremo Tribunal Federal, manifestou-se radicalmente contrária à concessão do habeas corpus interposto pela defesa do ex-presidente, solicitando sua soltura, com base em robustos argumentos.
Duas são as irregularidades de tal posicionamento da atual procuradora: de pronto, vai ela de encontro à preferência manifesta dos colegas procuradores, que optando pela renovação sequer lembraram do seu nome; num segundo momento, fica mais que explicitado ter havido um ato de corrupção pontual, porquanto a senhora Dodge, pra tentar manter-se na função, desfraldou vigorosamente a bandeira anti-Lula da Silva, no pressuposto de obter a simpatia do Presidente da República, em benefício próprio.

“Malandragem” em toda a sua plenitude (e que ignora aquilo que de mais sublime um homem possa auferir: a liberdade).   

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