segunda-feira, 15 de junho de 2020

O "CONSELHEIRO" - José Nilton Mariano Saraiva


Quem conhece pelo menos um pouco da história recente do país sabe que Ciro Gomes chegou a Ministro da Fazenda por um banal acidente de percurso – a captação por parabólicas de uma conversa em off  do então ministro Rubens Ricúpero com um repórter global (Carlos Monfort, seu cunhado) na qual afirmava que... “eu não tenho escrúpulos; o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde”.
Falastrão e loquaz, Ciro Gomes foi um gestor tão incompetente à frente da Fazenda que demorou no cargo menos de quatro meses (de 06/09/1994 a 01/01/1995) no final da gestão do atabalhoado presidente Itamar Franco e, hoje, não se cansa de mentir despudoradamente quando afirma em suas palestras que... “ajudei a salvar o Real” (não ajudou nada, até porque nada sabia sobre).
Pelo contrário, escorraçado da Fazenda (por incompetência) pelo então eleito presidente FHC (o medíocre vendilhão, vulgarmente conhecido por “boca de sovaco”), a partir de então, rancoroso, devota-lhe um ódio visceral.
Agora, o que pouca gente sabe e Ciro Gomes não faz a menor questão que saibam (parece até querer esconder ou sentir vergonha de), é que nos governos petistas, já na condição de Ministro de Estado, participou de “conselhos” de algumas empresas estatais, entre as quais a poderosa Itaipu Binacional (um “penduricalho” nada desprezível pra ajudar nas despesas, mas não tão ético assim, tanto que não consta das diversas versões do seu “curriculum” distribuídos na web).
Hoje, após três fragorosas derrotas em eleições presidenciais,  na tentativa de se manter sob os holofotes retomou o velho hábito de mudar de partido por conveniência, assim como “trair” àqueles que o ajudaram (quem não lembra o que fez ao seu padrinho político  Tasso Jereissati)  ao investir furiosamente contra o ex-presidente Lula da Silva, que sempre o apoiou e lhe deu visibilidade.
Sem favor nenhum um bom tribuno (aqui, justiça lhe seja feita), parece entender intimamente que poderá chegar lá na base do “gogó” (tal qual FHC) e destruindo reputações, o que, convenhamos, não lhe será suficiente. 


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