terça-feira, 24 de novembro de 2020

O "INIMIGO ÍNTIMO" - José Nilton Mariano Saraiva

Filiado ao PT desde 2002, ao atual governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, devem ser atribuídos todos os “créditos” pela NÃO passagem para o segundo turno da candidata do seu partido (PT), Luizianne Lins, à prefeitura da cidade de Fortaleza, e daí, quem sabe, viabilizar-se no segundo turno como sucessora do atual prefeito.

Pois bem, Camilo Santana não só se omitiu covardemente ante seu dever partidário-institucional, como deixou-se usar pelo staff da campanha do principal concorrente, o “insosso” candidato dos Ferreira Gomes, coincidentemente seus padrinhos políticos à governança do Estado, lá atrás (aqui deu-se o tal “pagamento da fatura”).

Estranhamente, a cúpula do PT em nenhum momento cobrou do seu filiado (Camilo Santana) que se posicionasse formalmente sobre tão grave momento (afinal, era a possibilidade real de governar uma das maiores cidades do país), assim como literalmente chancelou toda a podridão assacada pelo candidato dos Ferreira Gomes à sua candidata, quando silente ficou ante as agressões e grosserias que lhe foram endereçadas.

Mas, assim como Camilo Santana “traiu” o PT, o próprio PT “traiu” não só a sua candidata (aqui, uma espécie de boi-de-piranha), mas também toda a sua militância e simpatizantes, ao correr para comemorar a vitória do adversário e sentar no colo dos Ferreira Gomes ao prestar-lhe, oficialmente, apoio irrestrito no segundo turno.

Fato é que, ao “igualar-se” aos Ferreira Gomes em termos de “traição” (lembram do ridículo e covarde papel do Ciro Gomes na eleição presidencial, que findou por eleger esse traste incompetente que está aí ???), o PT abdicou da prefeitura de Fortaleza por pelo menos 08 anos (já que quem está com a caneta dificilmente deixará de usá-la para reeleger-se).

Impõe-se perguntar: Camilo Santana (principal responsável pela derrota da candidata do PT ao negar-se em usar a estrutura governamental para ajudá-la) permanecerá como uma espécie de “inimigo íntimo” dos petistas, ou sua cúpula e militância aderirão in totum ao modus operandi de Camilo Santana ou, ainda, expulsarão Camilo Santana do partido ???

Particularmente, repetimos, vamos conscientemente ANULAR O VOTO por falta de opções (algo que nunca imaginamos fazer, dentro daquela máxima de que o voto á a principal arma do cidadão e que só o usamos de dois em dois anos).

Mas...

Ferreira Gomes ???  Nunca.

Bolsonaro ???  Jamais.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

A DETERMINANTE PRESENÇA DA "AUSÊNCIA" - José Nilton Mariano Saraiva

Acordos políticos sempre contemplam o “longo prazo”, desde tempos imemoriais. Assim, quando, mesmo filiado ao PT, Camilo Santana foi lançado pelos Ferreira Gomes à governança do Estado, implícito estava que a “fatura” lhe seria cobrada bem mais à frente, e a um preço marombado (e ele tinha plena consciência disso).

Eleito e depois reeleito, passou todo o tempo privilegiando seus padrinhos (os Ferreira Gomes), em detrimento ao seu partido original (PT).

Eis que agora, compreensivelmente, na eleição para a prefeitura de Fortaleza o PT decidiu-se por uma candidatura própria, na pessoa de Luizianne Lins, fiel e aguerrida filiada, até mesmo para ocupar um espaço próprio (e a militância respondeu à altura).

Mas aí, com base naquele acordo firmado lá atrás, os Ferreira Gomes apresentaram a tal fatura ao governador do Estado, cobrando-lhe a determinante presença da “ausência” (física e midiática) no apoio à candidata do PT e, consequentemente, o apoio ao candidato do PDT.

E foi o que ocorreu. Em nenhum momento, no decorrer da campanha, o Governador do Estado manifestou qualquer apoio à candidata do partido (PT), enquanto que aparecia na mídia abraçado com os Ferreira Gomes e era citado na propaganda eleitoral do oponente  (PDT).

Agora, aqui pra nós, alguém tem alguma dúvida que se fosse apoiada pelo Governador do Estado (e sua poderosíssima máquina) a candidata do PT provavelmente estaria no segundo turno, no lugar do candidato dos Ferreira Gomes ???

Nesse interregno, covardemente a executiva do PT nunca cobrou do Governador do Estado que se manifestasse publicamente sobre qual o seu candidato, o que não era difícil adivinhar: afinal, o vice, na chapa do oponente, foi uma espécie de “doação” do Governador, (filiado ao PT, convém lembrar) ao PDT (dos Ferreira Gomes), representada pelo seu Chefe da Casa Civil.

Pra completar, depois que sua candidata “sobrou na curva”, após sofrer uma campanha difamatória violenta e virulenta por parte do seu oponente, eis que a executiva do PT se reúne e, literalmente, se joga no colo dos Ferreira Gomes, endossando assim tudo o que foi assacado contra ela, e formalizando o apoio do partido ao candidato deles (e aí a covardia será “premiada” com mais oito anos de chibata, pra ver se aprendem).

Afinal, o normal e natural seria que a executiva petista não formalizasse qualquer apoio ao candidato dos Ferreira Gomes, delegando aos seus adeptos e militância a tomada de decisão individual sobre em quem votar no segundo turno, até porque o capitão-candidato do Bozo não terá a mínima chance de vitória (só se uma onda de bestialidade irrefreável se apossar do nosso povo).

Alfim, não poderíamos deixar de manifestar nossa sentida e profunda decepção com a vereadora que sufragamos na eleição passada e nesta: Larissa Gaspar, que deixou de solidarizar-se ante à sujeirada compressora imposta a Luizianne Lins. Triste.

Quando ao senhor Camilo Santana, está com o futuro garantido: além da aposentadoria como governador, deverá ser lançado ao Senado Federal, em 2022, pelos Ferreira Gomes, no lugar do Tasso Jereissati (os Ferreira Gomes vão enterrar o arrogante galego, de vez).

Particularmente, por convicção nunca votamos e jamais o faremos, nos Ferreira Gomes e Jereissatis da vida. Assim, vamos fazer o que nunca pensamos ou admitimos: ANULAR O VOTO.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

OS "INTOCÁVEIS" - José Nilton Mariano Saraiva

O elogiável e digno de encômios no clã Bolsonaro é a preservação da tutela e unidade familiar, que se traduz (tim-tim-por-tim-tim), no modus operandi mafioso dos herdeiros (os numerais 01, 02 e 03) todos seguidores in totum dos “nobres” ensinamentos lhes repassados pelo pai.

Assim, o filho 01 (Flávio) tornou-se “expert” naquilo que o pai passou a vida toda praticando quando integrante do “baixo clero” da Câmara do Deputados, em Brasília: “rachando” despudoradamente o salário pago mensalmente aos funcionários do seu gabinete (dizem que em percentuais pornográficos - 70x30, 80x20 ou 90/10 ???).

Fato é que a coisa era de uma imoralidade tal, que o pai não se importou nem mesmo em “emprestar” ao filho-primogênito o seu velho “operador-preferencial” na seara bancária, Fabrício Queiroz, comandante de uma milícia no interior do Rio de Janeiro (amigo do “velho” há décadas, foi preso recentemente, mas, por influência do, agora, padrinho-presidente, imediatamente transferido para a prisão-domiciliar – por determinação do STF - onde continua a manejar os cordéis, sem ser importunado).

Já Carluxo (o filho 02), especialista em informática, convenceu o pai e seu grupo mafioso a armar um poderoso esquema de envio de milhões de mensagem mentirosas a respeito dos adversários, na campanha presidencial (fake news), que comprovadamente influiu em muito no resultado final do pleito; tanto, que foi saudado pelo eleito pai Presidente da República com a frase: “se não fosse ele eu não estaria aqui” (existe um processo sobre, mas será julgado algum dia ???).

Já o filho 03 (Eduardo) seguiu “pari-passu” o pai no tocante a externar sua opinião de forma desrespeitosa e sem nenhum pudor, contra qualquer um que não reze pela mesma cartilha, como quando afirmou que bastariam “um cabo e um soldado” para fechar o STF, em razão de uma banal manifestação contrária ao pai, naquela corte.

Em comum, entre os irmãos, um fato incontestável: tal qual o pai, todos estão “podres de rico” em razão de usarem à margem da lei a atividade política como um rendoso meio de vida (casas, aptos, lojas, lanchas, grana, muita grana, e por aí vai).

Tivéssemos um Poder Judiciário expedito e atuante, certamente que a essa altura a valentia dos “intocáveis” Bolsonaros (principalmente do pai) já teria sido abatida, com a prisão de qualquer um deles (motivos não faltam; faltam, sim, coragem e dignidade aos togados da nossa Câmara maior).

Ou alguém duvida que, se prenderem pelo menos um dos filhos, o pai-valentão vergar-se-á às trevas ???

 

 


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

O "FANFARRÃO" INCONSEQUENTE - José Nilton Mariano Saraiva

Como metade do mundo e a outra banda sabem, “fanfarrão” é aquela figura medíocre e incompetente que, à falta de qualquer predicado, se dana a contar e recontar feitos e bravatas e a alardear coragem... sem ter um pingo dela (uma figura asquerosa, que deveria ser penalizada pela irresponsabilidade dos seus atos).

Já o “inconsequente” é aquele que é contrário à lógica, ao bom-senso, que revela falta de reflexão, de ponderação, de prudência, enfim, que é comprovadamente leviano.

A reflexão é só pra lembrar que o idiota que esta Presidente da República reúne, com louvor, tais “qualidades”, tanto que, dia a dia, envergonha o Brasil ante a comunidade internacional, quando resolve vomitar suas baboseiras.

A mais recente, deu-se agora quando resolveu, pela enésima vez, “brincar” com as quase 200 mil mortes provocadas pelo coronavírus por essas bandas, ao afirmar que o Brasil é “um país de maricas” (por ter medo da letalidade do vírus).

Aparelhando as instituições do país com gente da sua laia (que faz o que ele manda, sem pestanejar, inclusive os tais “generais” mercenários) literalmente “comemorou” a morte de um dos voluntários que houvera se submetido à vacina chinesa contra o vírus (em razão de informações falsas fornecidas por um seu capacho colocado na presidência da Anvisa) e em face da sua briga política com outra mediocridade, o governador de São Paulo, João Dória.

Foram desmoralizados (ele e a Anvisa) publicamente pelo presidente do Instituto Butantã (que produz a vacina aqui no Brasil) e pela própria Polícia Civil, que constataram ter o óbito ocorrido em razão de suicídio, e não por nenhuma reação adversa da vacina.

Alfim, uma última asneira: resolveu “declarar guerra” (de público) aos Estados Unidos, ao afirmar, numa reunião com empresários e políticos, que se o imbróglio com o novo presidente americano não fosse resolvido com muita saliva (diplomacia), a pólvora seria usada (será que ele sabe que a pólvora é originária da China ???).

Definitivamente, trata-se de um psicopata.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

O DESPREZÍVEL "EXTERMINADOR" DO FUTURO DE UMA NAÇÃO - José Nilton Mariano Saraiva

 Ao assumir o governo, uma das primeiras atitudes do “estadista” Luiz Inácio Lula da Silva foi enviar à China o seu experiente e capacitado Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, com a missão ingente de mostrar aos dirigentes daquele país que o Brasil possuía, sim, um portfólio de produtos capazes de suprir com sobras a carência dos orientais (petróleo, alimentos, grãos, carnes e por aí vai) e, para tanto, tinha interesse em estabelecer uma via de mão dupla, de interesses recíprocos, entre os dois países.

Bingo. Não deu outra. Desde então, essa que atualmente é uma das maiores potências econômicas e territoriais do mundo (área de 9,6 milhões de quilômetros quadrados e com um contingente populacional de aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas) a China firmou-se como o maior importador de produtos brasileiros, com perspectivas robustas e crescentes de exponencial crescimento.

É que, situada numa área pedregosa (imprópria para a agricultura e a pecuária e, portanto, incapaz de alimentar seus habitantes, que representam um quinto da população mundial) bem como com uma produção deficitária de petróleo (alavancador potencial de plantas industriais de todo tipo, lá hoje encravadas), ainda assim os “carentes” orientais são, hoje, os parceiros preferenciais com que sonham governos de “todo o mundo”, independentemente de ideologias.

Aliás, de “todo o mundo”, vírgula, porquanto, ao assumir e sentar no trono, o idiota que está presidente do Brasil (partidário de primeira hora da jurássica e babaquara tese de que “comunistas comem criancinhas” e precisam ser evitados), resolveu romper com a China definitivamente, e sentar no colo dos mercenários yankees (norte-americanos) comandados por Tramp.

Nada conseguiu e agora, que Tramp foi despachado pra casa e seu substituto (Biden) incrivelmente não é reconhecido pelo governo brasileiro por meras questões ideológicas (e os gringos estão pouco ligando pra isso), certamente que ficará difícil para o Brasil conseguir continuar como partícipe ativo do comércio internacional (como o foi à época do ex-presidente Lula da Silva), porquanto todas as pontes foram sumariamente dinamitadas pelo atual e irresponsável inquilino do Palácio do Planalto.

Além do que (e pra complicar/piorar ainda mais a situação), França, Alemanha, Inglaterra e outros países do mundo se insurgem contra o descaso do governo brasileiro ante a leniência com os pavorosos crimes ambientais perpetrados atualmente por aqui, com reflexos em todo o globo (vide os “intermináveis e inapagáveis” incêndios na Amazônia e Pantanal), assim como questionam a inexistência de uma política de direitos humanos, nunca levada a sério pelo atual inquilino de Brasília (que tem como principal ídolo – não custa lembrar - o milico Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido por comandar com mão de ferro e sem nenhuma sensibilidade o maior antro de barbárie da época da ditadura militar, o temido DOPS).

Fato é que, sob a batuta de um exterminador em potencial (além de analfabeto em termos de relações internacionais), o país que tinha tudo (e mais alguma coisa) para ser em bem pouco tempo uma das maiores potências do mundo, caminha agora, a passos largos e inexoravelmente, para continuar figurando tão somente como o eterno “país do futuro”.

Conclusão: ou achamos um meio legal de interferir de pronto (que tal mandar prender um dos seus filhos numerais – Flávio – já condenado pela justiça ???), ou o “exterminador” de uma nação continuará agindo livremente e sem qualquer pudor.









domingo, 8 de novembro de 2020

O "VIÚVO" DO PLANALTO - José Nilton Mariano Saraiva

Num ambiente quase que predominantemente masculino, a cena de amor explícito deu-se em setembro do ano passado, quando Donald Trump e Jair Bolsonaro se encontraram em Nova York, durante uma assembleia da ONU.

Na oportunidade, numa sala repleta de autoridades de todos os quadrantes do mundo, para expressar seu profundo mas recolhido sentimento, o brasileiro, dirigindo-se ao gringo num inglês sofrível e macarrônico, soltou a pérola: “I love you, Trump” (eu te amo, Trump) ao que Trump friamente devolveu: “nice to see you again” (bom de ver de novo).

De lá pra cá, em mais de uma oportunidade Bolsonaro, tal qual um cordeirinho amestrado, tratou de lamber as botas e demonstrar sua subserviência e admiração por Trump onde quer que fosse (o velho “complexo de vira-lata” em todo o seu esplendor), chegando a afirmar publicamente que estaria presente, sim, à festa da sua reeleição no próximo ano (2020, que estamos a vivenciar).

É compreensível, pois, que hoje, enquanto as autoridades mundiais em obediência a um secular protocolo cerimoniosamente se apressam em cumprimentar Joe Biden por ter derrotado e mandado pra casa o pernóstico e arrogante Donald Tramp, Bolsonaro se negue peremptoriamente a fazê-lo.

Por uma razão simplória: choroso, ainda está a lamber as feridas e curtindo uma enrustida e sentida “viuvez”.

Coitadinho, não vai poder ir à festa.