sexta-feira, 13 de novembro de 2020

OS "INTOCÁVEIS" - José Nilton Mariano Saraiva

O elogiável e digno de encômios no clã Bolsonaro é a preservação da tutela e unidade familiar, que se traduz (tim-tim-por-tim-tim), no modus operandi mafioso dos herdeiros (os numerais 01, 02 e 03) todos seguidores in totum dos “nobres” ensinamentos lhes repassados pelo pai.

Assim, o filho 01 (Flávio) tornou-se “expert” naquilo que o pai passou a vida toda praticando quando integrante do “baixo clero” da Câmara do Deputados, em Brasília: “rachando” despudoradamente o salário pago mensalmente aos funcionários do seu gabinete (dizem que em percentuais pornográficos - 70x30, 80x20 ou 90/10 ???).

Fato é que a coisa era de uma imoralidade tal, que o pai não se importou nem mesmo em “emprestar” ao filho-primogênito o seu velho “operador-preferencial” na seara bancária, Fabrício Queiroz, comandante de uma milícia no interior do Rio de Janeiro (amigo do “velho” há décadas, foi preso recentemente, mas, por influência do, agora, padrinho-presidente, imediatamente transferido para a prisão-domiciliar – por determinação do STF - onde continua a manejar os cordéis, sem ser importunado).

Já Carluxo (o filho 02), especialista em informática, convenceu o pai e seu grupo mafioso a armar um poderoso esquema de envio de milhões de mensagem mentirosas a respeito dos adversários, na campanha presidencial (fake news), que comprovadamente influiu em muito no resultado final do pleito; tanto, que foi saudado pelo eleito pai Presidente da República com a frase: “se não fosse ele eu não estaria aqui” (existe um processo sobre, mas será julgado algum dia ???).

Já o filho 03 (Eduardo) seguiu “pari-passu” o pai no tocante a externar sua opinião de forma desrespeitosa e sem nenhum pudor, contra qualquer um que não reze pela mesma cartilha, como quando afirmou que bastariam “um cabo e um soldado” para fechar o STF, em razão de uma banal manifestação contrária ao pai, naquela corte.

Em comum, entre os irmãos, um fato incontestável: tal qual o pai, todos estão “podres de rico” em razão de usarem à margem da lei a atividade política como um rendoso meio de vida (casas, aptos, lojas, lanchas, grana, muita grana, e por aí vai).

Tivéssemos um Poder Judiciário expedito e atuante, certamente que a essa altura a valentia dos “intocáveis” Bolsonaros (principalmente do pai) já teria sido abatida, com a prisão de qualquer um deles (motivos não faltam; faltam, sim, coragem e dignidade aos togados da nossa Câmara maior).

Ou alguém duvida que, se prenderem pelo menos um dos filhos, o pai-valentão vergar-se-á às trevas ???

 

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário