domingo, 7 de março de 2021

VAMOS MORRER BOVINAMENTE ???

 VAMOS MORRER BOVINAMENTE ??? - José Nilton Mariano Saraiva

Tivéssemos um dirigente com um mínimo de sensibilidade, discernimento, responsabilidade e respeito ao povo, quando o coronavírus começou a fazer o “estrago” que fez na China e na Europa, teríamos adotado medidas preventivas para recepcioná-lo quando aqui aportasse.

O que se viu, no entanto, foi o psicopata que está Presidente da República tentar fazer gracinha com coisa séria, ao rotulá-lo de uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, incapaz de atingir o Brasil (porquanto, asseverou, o brasileiro “toma banho até em água de esgoto e não adoece”).

Deu no que deu e, hoje, no entender de renomados cientistas de todo o mundo, o nosso país se acha na iminência de tornar-se o “celeiro” do vírus mortal e, pois, passível de ser isolado do resto do mundo, tornar-se um pária internacional (como, aliás, reverberou jubilosamente, dias atrás, o analfabeto que está Ministro das Relações Exteriores).

E bem que poderia ser diferente. Afinal, lá nos primórdios, quando o vírus mostrou seu transnacional apetite mortífero, o governo federal recebeu pelo menos 03 ofertas do Instituto Butantan, no tocante à vacina a ser usada para enfrentá-lo.

A primeira, em julho/2020, previa a possibilidade de entrega de 60.000.000 (sessenta milhões) de doses, ainda no último trimestre do ano passado; não houve interesse e, assim, pelo menos 30.000.000 (trinta milhões) de brasileiros deixaram de ser imunizados (com duas doses).

Uma segunda oferta foi feita no mês de agosto/2020, de 45.000.000 (quarenta e cinco milhões) de doses ainda naquele ano, e os 15.000.000 (quinze milhões) de doses restantes no primeiro trimestre de 2021; de novo, outra vez, novamente, não houve interesse (porque a vacina era “chinesa”).

Na terceira oferta, em novembro/2020, o Burantan aumentou o quantitativo para 100.000.000 (cem milhões) de doses; de novo, não houve retorno (mas, segundo declarou o medíocre e neófito general Ministro da Saúde, não havia necessidade de “tanta aflição”, porquanto não era o governo que tinha que ir atrás de vacinas, mas, sim, as farmacêuticas é que tinham a obrigação de vir oferecê-las).

Há que se destacar, ainda, que desde setembro do ano passado, já em pleno auge da pandemia, a farmacêutica Pfizer ofereceu ao governo brasileiro nada menos que 70.000.000 (setenta milhões) de doses da vacina contra o coronavírus. Mais à frente, aumentou tal quantitativo para 100.000.000 (cem milhões) de doses. A proposta também não foi aceita, nem houve justificativa para tal crime.

Hoje, quando o Brasil lidera o ranking dos atingidos pelo coronavírus, com absurdas 2.000 mortes diárias (com tendência de atingir 3.000 já, já) estamos a mendigar às farmacêuticas do mundo todo por um resto de vacina que exista (é que, como o governo brasileiro não se manifestou na época devida, outros

países tomaram o seu lugar na fila).

O resultado de tal descaso é que estamos praticamente com 270.000 mortes (e com tendência de, no ritmo galopante que vivenciamos, chegarmos dentro de pouco tempo aos 300.000 óbitos); de outra parte, o número de infectados já passou dos 10.000.000.

É evidente que o principal responsável por tal descalabro, pela omissão criminosa praticada, tem nome e endereço: Jair Messias Bolsonaro, Palácio do Planalto, Brasília-DF.

Por essa razão, é incompreensível que não tenha ainda surgido um movimento sério, de caráter nacional, objetivando interditar ou afastar esse psicopata incompetente da Presidência da República, pelo via judicial ou através das ruas (afinal, temos um autentico genocídio em execução).

Ou vamos esperar a morte chegar, bovinamente ??? Que povo mais frouxo e acomodado é esse, PQP ???

A propósito, aos que não lembram, “psicopata” é aquele ser... “possuidor de ‘sintomas de transtorno de personalidade antissocial’, que expressa insensibilidade em relação a outras pessoas, busca sempre o conflito, é extremamente egocêntrico e nunca demonstra sentir culpa, arrependimento ou remorso”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário