terça-feira, 6 de abril de 2021

O "CORONÉ TÁ LELÉ" - José Nilton Mariano Saraiva

 O “CORONÉ” TÁ “LELÉ” ??? – José Nilton Mariano Saraiva

Eleito (em 2002) e reeleito (em 2006), Lula da Silva governou com estrondoso sucesso o Brasil por 08 anos (2003 a 2010), tanto que ainda hoje é considerado o maior presidente do Brasil até os dias atuais.
À época, em reconhecimento ao trabalho por ele desenvolvido na campanha, privilegiou o senhor Ciro Gomes convidando-o para compor sua equipe e fazendo-o Ministro de Estado.
Como a Constituição Federal não permitia (e ainda hoje não o permite) que um mesmo candidato se submeta ao escrutínio popular por três vezes seguidas, durante o exercício do último mandato (2007/2010) Lula da Silva, após criteriosa análise das potencialidades de cada um dos que pretendiam concorrer (dentre os quais o senhor Ciro Gomes), resolveu que à sua sucessão seria lançada a também Ministra de Estado, Dilma Rousseff, mercê da sua dinâmica, profícua e ilibada atuação como Ministra-Chefe da Casa Civel do Governo.
Foi o bastante para que o senhor Ciro Gomes se rebelasse contra Lula da Silva (porquanto achava-se o favorito) e protagonizasse o maior “auê” do mundo ao dirigir-se às principais emissoras de TV do país (Globo, Record, Band, SBT, Cultura e por aí) e, no espaço nobre dos telejornais noturnos, “baixasse o malho” sem dó nem piedade na ex-colega de ministério, rotulando-o de despreparada, inexperiente e inapta a substituir o chefe.
Então, matreiro e vivido, Lula da Silva orientou sua candidata que procurasse o senhor Ciro Gomes e lhe oferecesse a coordenação da sua campanha na Região Nordeste do país; foi o bastante e suficiente a que ele desdissesse e engolisse tudo o que havia dito e se integrasse “full time” à campanha.
Numa prova inconteste do prestígio obtido por sua atuação à frente da nação (quando o país voltou a ser respeitado e partícipe ativo dos grandes fóruns mundiais) e, ainda, por conseguir catapultar da pobreza absoluta milhões e milhões de patrícios, Lula da Silva conseguiu eleger e reeleger, com folga, Dilma Rousseff. O povo, definitivamente, estava feliz e o país, mudado.
O resto da história todo mundo já sabe: “sacaneada” por políticos corruptos com assento no Congresso Nacional (por se negar a participar de falcatruas mil), a presidenta, durante o segundo mandato, acabou por enfrentar um processo de “impeachment” (com cartas marcadas), já que por supostamente praticar “pedaladas fiscais” (nunca comprovadas).
Impedida Dilma Rousseff e obedecendo o script detalhadamente traçado, o “inferno astral” de Lula da Silva (que à época as pesquisas já apontavam líder na corrida presidencial de 2018) foi detonado por uma tal Operação Lava Jato (2014), comandada por um provinciano e desonesto juizeco de primeira instância e seus procuradorizinhos raivosos, de Curitiba, ao lhe acusarem – sem nenhuma prova – de comandar uma quadrilha que atuava na Petrobras.
Insuflado por uma mídia tendenciosa e desonesta (rádios, jornais, revistas, TVs e blogs da Internet) e, contando com o apoio dos políticos corruptos do Congresso Nacional, Assembleias Legislativas Estadual e Municipal, o povo se deixou levar e, num crescendo incontrolável, até aplaudiu quando Lula da Silva foi condenado e preso, a mando do juizeco de Curitiba (com a inexplicável chancela do próprio Supremo Tribunal Federal, que por isso mesmo tornou-se partícipe ativo, sim, do golpe).
E aí chegamos ao tenebroso e impensável: um medíocre Deputado Federal (o Bozo), integrante do baixo clero e com 30 anos de nenhuma produtividade, lança-se e é eleito Presidente do Brasil (com o apoio, mesmo que indireto, de Ciro Gomes, porquanto, mais uma vez derrotado no primeiro turno, se negou a apoiar o candidato de Lula da Silva, viajando para Paris).
Desde que o Bozo assumiu, o caos logo se fez presente devido ao despreparo e incompetência, assim como pelas más companhias que convocou para assessorá-lo em Palácio: uma ruma de generais de pijama, anacrônicos, raivosos e igualmente incompetentes, além dos filhos arrogantes, desonestos e metidos com a milícia carioca. Um caldeirão fervilhante próximo a explodir.
Um retrato emblemático do desgoverno é o momento epidêmico que atravessamos, que comprovadamente chegou a tal ponto em razão da sua posição negacionista e genocida no trato da questão, porquanto desde o princípio fez pouco caso do recomendado pela ciência para um embate tão crucial, assim como deliberadamente prolongou a procura por vacina, impedindo o povo de ser imunizado, lá nos primórdios. Hoje, o Brasil causa pavor ao mundo todo por ter-se transformado num celeiro do vírus letal.
Mas, retomando o fio da meada.
Depois de fracassar em mais uma tentativa de chegar ao Palácio do Planalto (já se candidatou em 03 oportunidades), Ciro Gomes tenta aproveitar o vácuo deixado pela detenção de Lula da Silva, tanto que, junto com o irmão, Cid Gomes, não cansaram (os dois) de repetir quando o inquiriam se não temia a entrada do ex-presidente no embate: “Lula está preso, seu babaca”.
Com as voltas que o mundo dá, eis que os processos contra o ex-presidente e comandados pelo juizeco (em Curitiba) são anulados e redirecionados para a vara competente (Brasília), o próprio juizeco é considerado suspeito por comandar a quadrilha de procuradorizinhos raivosos de Curitiba e, pois, tem suas decisões anuladas e Lula da Silva volta a ser “elegível” em 2022.
Como que atingido por um míssil nuclear (mas sempre legislando em causa própria) ontem, 05.04.21, de público e pateticamente Ciro Gomes apela para que Lula da Silva não se candidate em 2022:
Ipsis Literis: “A gente devia pedir generosidade a quem tá teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira” e que... “tal qual Cristina Kirchner fez na Argentina, desse “um passo atrás” (na sua intenção de candidatar-se), porquanto... “ao contrário do que estão dizendo, a tarefa não é derrotar o Bolsonaro, que é uma tarefa muito grande; são duas tarefas: a segunda grande tarefa, mais difícil, que pede muita reconciliação, é botar uma coisa nova nesse ambiente de terra arrasada” (aqui pra nós, a “coisa nova”..... seria o Ciro Gomes ???).
Alfim, urge indagar: O “CORONÉ” TÁ “LELÉ” ???
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