quarta-feira, 29 de setembro de 2021

"MILAGRE" DA MEIA NOITE - José Nilton Mariano Saraiva

 “MILAGRE” DA MEIA NOITE – José Nílton Mariano Saraiva

CONTÊINERES são recipientes de metal de grande porte e dimensão (alguns até refrigerados), que se prestam ao acondicionamento e transporte de carga em navios, trens ou aviões, por grandes distâncias (preferencialmente de um continente a outro).

Se por si só sua estrutura pesa uma enormidade, imaginem após repleto de toneladas de mercadorias, daí ser necessário para operacionalizá-lo (ou simplesmente deslocá-lo) a utilização de enormes e pesados guindastes, naturalmente que comandado por um profissional habilitado para tal mister (e respectivos auxiliares).

No pré embarque e no pós desembarque, há que se utilizar para o seu transporte terrestre enormes carretas (daquelas com pneus e carroceria em dobro e que desenvolvem uma velocidade de no máximo 20 km/horário) além de, também, que seja manobrada por um profissional preparado.

Por tudo isso, a logística para quem lida com esse tipo de transação há que ser complexa e demandante de recursos de vulto, daí ser fácil concluir que apenas empresários “com bala na agulha” (muita grana) seja capaz de viabilizá-la.

Causou espécie, pois, a notícia divulgada essa semana por dois dos principais telejornais noturnos da cidade (TV Globo e TV Record) nos dando conta que – é vero, senhores, acreditem - 12 (DOZE) enormes contêineres, repletos de mercadorias apreendidas pela Receita Federal, não mais que de repente sumiram, desapareceram, escafederam-se ou foram levados do Porto do Mucuripe, sem que ninguém tenha visto ou ouvido absolutamente nada.

Claro que aí tem mutreta, que aí tem “cachorro grande” (empresários de porte) envolvidos nesse roubo monumental, atípico e, literalmente, portentoso.

Se não, seremos tentados a acreditar ter havido um certo “MILAGRE” DA MEIA NOITE capaz de justificar tal desaparecimento, sem testemunhas.

Mas, aqui pra nós: será que foram alguns “petistas”, alguns desgarrados integrantes do movimento “sem teto”, ou uns “zé-miguéis” da vida os autores de tão insólita peripécia ???

Alô, Polícia Federal, quando teremos uma resposta ???

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