A “PILANTRAGEM” PASTORAL – José Nílton Mariano Saraiva
Contemplados com os dois maiores orçamentos do Governo Federal, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação desde sempre foram (e são), o “objeto de desejo” daqueles que almejam se locupletar com o dinheiro público (os integrantes dos “centrões” da vida, por exemplo).
Aqui, um adendo: quem não lembra que, ainda no governo Dilma Rousseff, o senhor Ciro Gomes não mediu esforços a fim de viabilizar o irmão Cid Gomes como Ministro da Saúde (plano A). Não o conseguindo, fê-lo Ministro da Educação (plano B), de onde saiu em tempo recorde, após briga intestina com o marginal Eduardo Cunha (então presidente da Câmara Federal).
Mas, retomando o fio da meada, a novidade que veio à lume, nos dias atuais, é que com a chancela declarada do atual ocupante do Palácio do Planalto (aqui, em termos de Ministério da Saúde, cuja dotação orçamentária é de R$ 159 bilhões anuais), novos atores entraram em cena: os pilantras e mafiosos “pastores evangélicos” (é evidente que nem todos o são).
Arrogantes, desonestos, puxa-sacos asquerosos, com sede desmedida de poder e grana e sem nenhum escrúpulo, literalmente tomaram de assalto as instalações do Ministério da Educação, contando para tanto com o beneplácito do “evangélico mor” (o próprio pastor ministro, Milton Ribeiro).
A realidade é que o estrago foi tão grande e imoral, que não só o ministro Milton Ribeiro, mas Gilmar Santos e Arilton Moura foram alvo de mandado de prisão e busca e apreensão pela Polícia Federal.
Não se sabe, a partir de então, se serão confinados ou não.