TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 30 de junho de 2022

A “PILANTRAGEM” PASTORAL – José Nílton Mariano Saraiva

Contemplados com os dois maiores orçamentos do Governo Federal, o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação desde sempre foram (e são), o “objeto de desejo” daqueles que almejam se locupletar com o dinheiro público (os integrantes dos “centrões” da vida, por exemplo).

Aqui, um adendo: quem não lembra que, ainda no governo Dilma Rousseff, o senhor Ciro Gomes não mediu esforços a fim de viabilizar o irmão Cid Gomes como Ministro da Saúde (plano A). Não o conseguindo, fê-lo Ministro da Educação (plano B), de onde saiu em tempo recorde, após briga intestina com o marginal Eduardo Cunha (então presidente da Câmara Federal).

Mas, retomando o fio da meada, a novidade que veio à lume, nos dias atuais, é que com a chancela declarada do atual ocupante do Palácio do Planalto (aqui, em termos de Ministério da Saúde, cuja dotação orçamentária é de R$ 159 bilhões anuais), novos atores entraram em cena: os pilantras e mafiosos “pastores evangélicos” (é evidente que nem todos o são).

Arrogantes, desonestos, puxa-sacos asquerosos, com sede desmedida de poder e grana e sem nenhum escrúpulo, literalmente tomaram de assalto as instalações do Ministério da Educação, contando para tanto com o beneplácito do “evangélico mor” (o próprio pastor ministro, Milton Ribeiro).

E aí se destacaram os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, tanto que o próprio Ministro da Educação afirmou peremptoriamente e sem nenhum constrangimento que a prioridade dada a Gilmar Santos e Arilton Moura teria sido um...  “PEDIDO ESPECIAL DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO” (conforme vídeo divulgado pela mídia). 

Fato é que, a atuação dos dois, no Ministério da Educação, nos últimos dois anos expôs um portentoso esquema de tráfico de influência e corrupção dentro da pasta.

Assim, desde a posse do ministro Milton Ribeiro, em junho de 2020, os religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura levaram dezenas de prefeitos para reuniões em palácio e, segundo acusaram os próprios, a posteriori, cobravam propina (dinheiro graúdo e barras de ouro) para facilitar o repasse de verbas para seus municípios (100 mil de um, 50 de outro e por aí vai). 

Arilton Moura, por exemplo, esteve 35 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo Bolsonaro, enquanto Gilmar Santos esteve outras 10 vezes no mesmo período.

A realidade é que o estrago foi tão grande e imoral, que não só o ministro Milton Ribeiro, mas Gilmar Santos e Arilton Moura foram alvo de mandado de prisão e busca e apreensão pela Polícia Federal.

Não se sabe, a partir de então, se serão confinados ou não. 

terça-feira, 21 de junho de 2022

 A "BOUTIQUE DA LIMPEZA (*) – José Nílton Mariano Saraiva


Desempregado, oriundo da construção civil (servente), já cansado de perambular atrás de alguma ocupação que permitisse sua “reinserção” do mercado de trabalho, aquele senhor de meia idade encontrou uma certa dificuldade em concretizar sua aspiração (um novo emprego) em razão de não ter sequer a educação básica formal normalmente exigida numa ocupação “quebra-galho”.

Mas, de repente, uma luz no fim do túnel: já cansara de ouvir, na telinha, menção a um tal de “empreendedorismo”, passível de concretização desde que o interessado tivesse coragem e ousadia. E isso, ele tinha de sobra. Agora, era só partir pro abraço.

Morador de uma “comunidade”, paradoxalmente encravada vizinha a diversos condomínios de alto padrão, num bairro classe média alta por demais concorrido, descobriu um “ponto”, de esquina, onde poderia experimentar o tal “empreendedorismo”, que certamente o levaria ao sucesso dentro de pouco tempo, transformando-o em “empresário”.

E embora o “ponto” fosse um tanto quanto modesto em termos de espaço (media exíguos 2,0m x 2,0m e uma só porta) entendeu que, “empreendendo”, dali partiria para voos mais altos, à frente.

Juntou as parcas economias conseguidas no emprego anterior (que conseguira poupar com muito esforço), adquiriu duas ou três prateleiras dessas desmontáveis (que era o que cabia no espaço) e preencheu-as com tubos de detergentes, água sanitária, alguns pacotes de bombril, esponjas, caixa de fósforos, Q-Boa, sabão em barra e só. E depois de muito pesquisar, resolveu “batizar” a sua “obra-prima” com um pomposo “Boutique da Limpeza” (para tanto uma vistosa placa foi confeccionada).

Decidiu, então, que precisaria de uma funcionária para “tocar” o negócio, de um celular para que ela atendesse e anotasse os inúmeros pedidos que decerto seriam feitos, além de um “entregador”. E, para que os ”coitados” não ficassem desconectados do mundo ou ficassem estressados, adquiriu uma TV LED, 32 polegadas, tinindo de nova, um “birô” e uma cadeira.

Quanto a ele, após “empreender” (e agora na condição de “empresário”) merecia um descanso: ir pra casa, deitar na rede e assistir TV o dia todo e todos os dias, somente retornando após o sol se pôr, a fim de “fechar o caixa”.

Ao final do primeiro dia o ”estoque” permaneceu intocado, mas, segundo ele, em razão da “falta de costume” do pessoal dos condomínios vizinhos e circunvizinhos; com uma semana, a coisa não mudou nada; depois de um mês, a única “baixa” no estoque se deu porque ele próprio levou pra casa um detergente, uma Q-Boa, uma água sanitária e um pacote de bombril.

Como “compensação”, chegaram o boleto do aluguel, a conta da luz e a obrigação de pagar, em dinheiro vivo, a remuneração pactuada com os “diligentes” funcionários (a vendedora e o entregador).

Resumo: a muito custo conseguiu com que o proprietário do “imóvel” (2,0m x 2,0m, lembremo-nos), aceitasse sua proposta de rescindir o contrato e perdoasse a multa contratual, em troca de “tudo” que tinha dentro: as prateleiras, o estoque, a mesa, a cadeira, o birô e a TV.

“Empreendedorismo”, nunca mais (quem mandou não consultar o Sebrae ???).

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(*) trata-se de um fato real (como não lembrar, se a vistosa placa continua lá ???)

sábado, 18 de junho de 2022

PARQUE PARREÃO I - “DÉJÀ-VU” - José Nílton Mariano Saraiva


O PDT (onde quem manda e desmanda, apita e silencia, pinta e borda, faz e desfaz é o Ciro Gomes) se prepara para lançar o ex-prefeito de Fortaleza, senhor Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, à governadoria do estado, independentemente do acordo firmado lá atrás pelos irmãos Ferreira Gomes com o então governador Camilo Santana, de que o candidato seria a senhora Izolda Cela (que substituiu Camilo Santana quando da sua desvinculação para concorrer ao Senado Federal).

Portanto, para se conhecer um pouco do “modus operandi” do senhor Roberto Cláudio, atente para o abaixo:

Nas administrações (sucessivas) de Juraci Magalhães e Antônio Cambraia a cidade de Fortaleza experimentou um surto de desenvolvimento inquestionável, tanto que, para corroborar isso, à época a muito bem bolada propaganda oficial anunciava que para se constatar o progresso vigente na cidade bastava “abrir a janela” e lá estavam viadutos, parques, novas ruas, praças, etc.

Uma dessas obras e de grande utilidade foi o PARQUE PARREÃO I, localizado no Bairro de Fátima (vizinho à Rodoviária, entre as avenidas Borges de Melo e Eduardo Girão) porquanto um local destinado a prática de caminhadas, recitais, concertos, atividades físicas, reencontro de amigos e por aí vai; enfim, um agradável e aprazível local para onde acorriam os moradores não só do Bairro de Fátima, como também de diversos bairros circunvizinhos, principalmente nas manhãs e finais do dia (de segunda a domingo), sob a vigilância da Guarda Municipal.

Compreensivelmente, a fim de registrar para a posteridade sua marca, a administração de então (Juraci Magalhães) fincou numa das laterais do parque um modesto pedestal, encimado por uma placa onde registrado estavam os nomes do prefeito e secretário responsáveis (Juraci Magalhães/Antônio Cambraia), a data da inauguração (03 DE SETEMBRO DE 1993) e outras informações básicas.

Vida que segue, após a saída da dupla Juraci/Cambraia, o PARQUE PARREÃO I, por descaso e falta de manutenção, enfrentou um desgastante e corrosivo processo de degradação, com o consequente afastamento daqueles que o frequentavam, tendo em vista a invasão do pedaço por marginais de alta periculosidade (em razão da repentina ausência da Guarda Municipal).

Eis que, quando assumiu a cadeira de prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio houve por bem empreender a “recuperação” do PARQUE PARREÃO I, só que com um detalhe ESTARRECEDOR e de uma DESONESTIDADE a toda prova: mantido o pedestal original, a placa com os nomes de Juraci Magalhães e Antônio Cambraia foi substituída incontinenti por uma outra, onde (até hoje) os frequentadores tomam conhecimento que o PARQUE PARREÃO I foi “INAUGURADO” EM 16 DE SETEMBRO DE 2014, na administração do prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, tendo como secretário da prefeitura um tal Samuel Antônio Silva Dias e chefe da regional IV o senhor Francisco Airton Morais Mourão (ou seja, entre setembro/1993 e setembro/2014 – longevos e incríveis 21 anos - o PARQUE PARREÃO I nunca existiu e nunca foi usado pela população; tudo foi apenas um sonho de verão, uma simplória lembrança, espécie de “DÉJÀ-VU” (sensação de que uma cena ou experiência que se está vivendo nesse momento já aconteceu).

Além do desrespeito patente a um dos maiores prefeitos de Fortaleza (já falecido), tal atitude simbolizou uma irresponsável e abusada tentativa de APROPRIAÇÃO INDÉBITA, porquanto os fortalezenses que usam o PARQUE PARREÃO I (ainda hoje) sabem que o próprio foi idealizado, projetado e inaugurado pela dupla Juraci Magalhães/Antônio Cambraia (no dia 03 de Setembro de 1993, é necessário que se repita).

Conclusão: do jeito que está, temos configurada uma situação ilegal, imoral e amoral e, se resta uma nesga de honestidade ao senhor Roberto Cláudio, a placa original (com os dados corretos) teria que ser reposta e, ao seu lado, aí sim, um outro pedestal e uma outra placa informariam da REINAUGURAÇÃO (e não “INAUGURAÇÃO”) do PARQUE PARREÃO I, na administração Roberto Cláudio, como prefeito da cidade. É o mínimo que se poderia esperar de pessoas com um átimo de ética, sensatez, bom senso, honestidade e clarividência.

Afinal, a persistir tal proceder (registrar como se fosse suas grandes obras realizadas por administradores passados) se atingir o governo do Estado Roberto Cláudio se sentira à vontade para detonar de vez com a memória da cidade, já que dentro em breve uma simples reforma de um hospital, de uma ponte sobre um rio qualquer, dos viadutos, túneis e elevados que proliferam pela cidade, e por aí vai, terão “INAUGURADOS” e terão sua paternidade desonestamente atribuída ao senhor Roberto Cláudio.

O PARQUE PARREÃO I está aí mesmo pra quem quiser comprovar; é só lá comparecer e constatar o que foi exposto.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

 “MORALMENTE FERIDO” – José Nílton Mariano Saraiva

A verdade é que “sacanearam” com o Luiz Esteves. Afinal, com 16 anos de casa e após 13 anos como titular absoluto do Jornal do Meio Dia (da TV Verdes Mares), de repente o recém-criado cargo de “Editor-Chefe” é entregue a uma alienígena (Nádia Barros) que chegou um dia desses (menos de 03 anos) ao Grupo Edson Queiroz, para com ele dividir a bancada.
Portanto, ficar parabenizando o Luiz Esteves pela mudança de canal é pura hipocrisia (ou falta de semancômetro) dos telespectadores; assim como é também hipocrisia o próprio declarar que pediu pra sair em busca de novos desafios, novos horizontes.
Ninguém deixa para trás todo um passado construído com dedicação extrema, até porque a ascensão a um cargo de chefia, por competência ou antiguidade, é sempre o objetivo maior de quem trabalha.
Assim (e em razão de ter-se tornado uma figura pública), deveriam, ele e seus patrões, explicar aos telespectadores o real motivo de sua saída: a falta de respeito e consideração por um profissional que sempre “vestiu a camisa” da empresa ao longo desse tempo (que o deixou visivelmente contrariado e moralmente ferido, após ser “preterido” por uma novata, recém-chegada à emissora (qual o critério de ascensão funcional lá ???).
Não conhecemos pessoalmente o Luiz Esteves (ou familiares), nunca o vimos fora da telinha, não sabemos onde mora e nem temos procuração nenhuma para emitir tal opinião, mas nos negamos a participar dessa farsa do “politicamente correto” (aquele lance de deixar a “porta aberta” para um questionável retorno, a posteriori).
Aliás, a TV Verdes Mares tem perdido bons e competentes profissionais de uns tempos até aqui: André Alencar, Alana Araújo, Luiz Esteves dentre outros.


"BOSTONARISMO" OU A ESSÊNCIA DO "BOLSONARISMO"

"BOSTONARISMO", ou a essência do "BOLSONARISMO" (Marcia Tiburi -Professora de Filosofia, escritora, artista visual).


"Violência acima de tudo, bosta acima de todos".

A merda é um tema essencial do bolsonarismo que, na fase atual, assume sua verdadeira essência. O novo termo que dá conta do fenômeno já circula entre o povo, se trata do "bostonarismo”. O BOSTONARISMO É O ESCANCARADO EMERDAMENTO DA POLÍTICA.

O lema dessa tendência que opera pela destruição da política (e se torna antipolítica) pode ser resumido em "VIOLÊNCIA ACIMA DE TUDO, BOSTA ACIMA DE TODOS”.

Há pavorosos 4 anos o Brasil vive sob a guerra em que a arma é a merda discursiva, econômica e política lançada contra o povo pobre, os afrodescendentes, os indígenas, as mulheres, as empresas estatais, a educação, o Estado laico, contra a imagem do país no mundo e a democracia como um todo. O GOLPE DE 2016 CRIOU AS CONDIÇÕES PARA QUE A MERDA TODA SE ESPALHASSE E DOMINASSE O GOVERNO FEDERAL.

O bostonarismo é um sistema iconográfico baseado no grotesco e na escatologia, ou seja, ele é um código distópico que convida ao gozo com a sujeira, o triste, o mau gosto, o vil, o baixo e, evidentemente, o mal.

Todos os que se mantém psiquicamente na fase anal-sádica gozam com esses símbolos e o sofrimento que ajudam a produzir: a fome, a miséria, as pessoas morando nas ruas, o racismo, a matança de negros, indígenas, líderes ambientalistas e assim por diante. O sofrimento dos outros que produz compaixão em mentes democráticas, causa satisfação em mentes autoritárias, a saber, a fascistas.

O vídeo dos mineiros Rodrigo Luiz Parreira, Charles Wender Oliveira Souza e Daniel Rodrigues de Oliveira no ato de manipularem um drone para lançar fezes e/ou veneno sobre pessoas que se reuniam para um evento com Lula em Uberlândia, vem a ser uma imagem reveladora da essência do bostonarismo. Ela apresenta a verdade profunda da desgraça nacional.

Enquanto uns se regozijam criminosamente com o mal que praticam, outros tentam escapar, indefesos do veneno/merda que lhes é dirigido. A fala dos envolvidos mostra a má intenção compartilhada por eles. Ela tem o mesmo tom dos dizeres do líder autoritário que os criminosos seguem, cuja imagem está estampada na caminhonete que dirigem.

Quem poderá se defender de merda/veneno que cai do céu por obra de uma máquina mortífera usada como se fosse um mero brinquedo em meio a risos? Assim, também podemos nos perguntar quem poderá se defender do assassinato que vem sendo moral e politicamente liberado?

O presidente da República que se elegeu prometendo a morte para muitos e se gabando de que sabe matar, nos últimos dias colocou a culpa pela própria morte no indianista Bruno Pereira e no jornalista Dom Phillips, assassinados, esquartejados e queimados na Floresta Amazônica. Os parâmetros éticos que orientam a política desapareceram por completo.

Há tempos Lula vem dizendo que ele é uma ideia. Lula é, de fato, uma ideia do povo. Bolsonaro também é uma ideia, só que, do partido militar e das elites econômicas e oligarcas espertos. Lula é a ideia do trabalhador que se torna líder e protege seu povo, Bolsonaro é a ideia do emerdamento da política e de um espantalho que autoriza todo mal a ser praticado com o que estiver à mão, caneta, arma ou drone.

O BOSTONARISMO É ÓDIO EM ESTADO PURO E, POR ISSO, FASCISMO, QUE PRECISA SER SUPERADO ANTES QUE NÃO HAJA MAIS BRASIL. 

(Márcia Tiburi - Professora de Filosofia, Escritora e Artista Visual)

quarta-feira, 1 de junho de 2022

“AUSCHWITZ”... SE REPETIU AQUI – José Nílton Mariano Saraiva


A vasta literatura pertinente, o testemunho inconteste e sofrido dos que conseguiram o "milagre" de sobreviver, de par com a reprodução pormenorizada e realista (aqui, com atores) dessa mesma literatura para as telonas (cinema), nos mostra com fidedignidade que, dentre os diversos campos de extermínio nazista, o de “AUSCHWITZ” foi o que serviu de palco para os mais tenebrosos e macabros experimentos, os mais sombrios atos de tortura contra o ser humano, ali representando pelo povo judeu.

Tanto que, decorridos quase 80 anos do que se convencionou batizar como holocausto (aniquilamento sumário e cruel de mais de seis milhões deles), ainda hoje não se consegue entender como um ser humano é capaz de praticar tanta atrocidade com um seu igual.

Eis que, nos dias atuais, no país continental chamado Brasil, estimulados por um confesso psicopata, reconhecidamente adepto incondicional da tortura e do desprezo absoluto ao ser humano (mas que mesmo assim equivocadamente foi eleito para dirigi-lo), alguns dos seus bovinos seguidores, ungidos à condição de “autoridades policiais”, teimam em trafegar à margem da lei, daí a prática de métodos abjetos de tratamento àqueles que deveriam defender e proteger.

Como a tecnologia (videomonitoramento) tem servido para captar imagens (e às vezes até o áudio) do dia-a-dia, a verdade é que atualmente a sociedade vive sob a vigilância de câmeras de segurança em ruas, lojas, shoppings, bem como em telas de celulares, tablets e computadores (algo como as “teletelas”, descritas no livro “1984”, do profético britânico George Orwell, publicado no longínquo 1949).

Pois foi exatamente do flagra de uma dessas câmeras de rua que surgiu algo impensável: abordado por policiais rodoviários federais em razão de trafegar de moto, sem capacete, o cidadão Genivaldo de Jesus Santos, ao invés de receber a multa devida e ser orientado sobre a necessidade do uso do utensílio a partir de então, foi jogado ao chão, chutado, imobilizado, algemado e colocado no porta-malas da viatura policial.

E aí, quase 80 anos depois, o horripilante modus operandi “AUSCHWITZ” (dos nazistas) ressurgiu entre nós com todo o seu potencial macabro: imobilizado por algemas num espaço restrito que mal cabia o seu próprio corpo, o cidadão Genivaldo de Jesus Santos recebeu como “presente” dos “magnânimos e caridosos” policiais militares que deveriam protege-lo, uma bomba de gás lacrimogênio, devidamente acionada, que de pronto inundou o local com o seu gás letal.

Após decorrido o tempo necessário para que o gás fizesse efeito, de forma sarcástica e desumana conduziram-no a um hospital, talvez para terem certeza do que pretendiam: Genivaldo já era, não mais teria condição de lhes perturbar.

E muito embora seja horrorosamente doloroso relembrar "AUSCHWITZ" neste momento, é preciso que o façamos a fim de que não mais se repita nos dias atuais tamanha barbárie.

Em assim sendo, que os policiais que participaram desse momento dantesco - JÁ DEVIDAMENTE IDENTIFICADOS (pelas mesmas câmeras) sejam rigorosa e exemplarmente penalizados.