sexta-feira, 22 de julho de 2022

 O “ÓBVIO ULULANTE” – José Nílton Mariano Saraiva


Numa recente postagem, já havíamos afirmado o óbvio ululante: “não descobrimos a pólvora, não temos bola de cristal e nem somos nenhum adivinho”; mas, apenas e tão somente, nos adstringimos aos fatos para, então, tomar um posicionamento sobre.

Portanto, não é nenhuma novidade, nem nos causou nenhuma espécie toda essa “rasgação de seda” na briga pela “forçação de barra” da candidatura do PDT à Prefeitura de Fortaleza, quando o protegido dos Ferreira Gomes (Roberto Cláudio) foi ungido à sucessão governamental, desrespeitando um acordo firmado lá atrás (aliás, por qual razão a mídia local e o próprio PT não cobra um posicionamento claro e taxativo do ex-governador Camilo Santana, a respeito).

Vejam, abaixo, nossa premonitória postagem de 04 anos atrás (01.09.2018).

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“PDT: BARRIGA DE ALUGUEL” – José Nilton Mariano Saraiva

Quem, algum dia, imaginaria que o tradicional e glorioso PDT, de Getúlio Vargas e Leonel Brizola, se prestaria a servir como “barriga de aluguel” a fim de saciar a sede de poder de pessoas que vivem a usar a atividade política como um rentável meio-de-vida, daí não se importarem de trocar recorrentemente de partido, o fazendo por mera conveniência???

Como entender que uma agremiação de tantas batalhas e glórias, porquanto forjada na luta pelos direitos dos trabalhadores e dos mais necessitados, não mais que de repente se permita servir de hermético “bunker-protetor” de indivíduos sem identificação nenhuma com o ideário programático da sigla getulista ???

Afinal, ao aceitar o ingresso dos Ferreira Gomes em seus quadros, o PDT nada mais fez do que relegar o belo legado de fidelidade e coerência dos seus dois encimados líderes, porquanto o histórico dos novos integrantes da agremiação não deixa dúvidas: para o atendimento de demandas pessoais, já se serviram de uma miscelânea de agremiações tão díspares quanto diametralmente heterogêneas ideológico-programaticamente, dentre as quais a antiga ARENA (Ditadura), PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS.

Além do que, ao aceitar sujeitar-se aos Ferreira Gomes, o PDT traiu vergonhosamente um quadro histórico e da estirpe de um Heitor Ferrer, este, sim, um político digno, leal e merecedor do respeito de todos nós, mercê de uma atuação cuja característica maior é a coerência e o respeito à agremiação e aos seus eleitores, daí o ”caminhão” de votos que consegue carrear em cada eleição (a propósito, Heitor Ferrer já deve ter sido expulso do PDT ou “convidado” a de lá se mandar).

OU ALGUÉM TEM ALGUMA DÚVIDA QUE A PRINCIPAL “IMPOSIÇÃO” (DENTRE MUITAS QUE SE SEGUIRÃO) DOS NEO-INTEGRANTES QUE O PDT RECEPCIONOU FOI ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE SERVIR DE “RAMPA” PARA QUE O SENHOR CIRO GOMES TENTE DECOLAR COMO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E, EM TERMOS LOCAIS, GARANTIR QUE A VAGA PARA CONCORRER AO GOVERNO DO ESTADO EM 2022 SEJA ANTECIPADAMENTE RESERVADA PARA O ATUAL DETENTOR DA PREFEITURA DE FORTALEZA (ROBERTO CLÁUDIO) UM MERO E FIEL “SOLDADO” DOS FERREIRA GOMES.

No mais, lembremos do “estrago” que os Ferreira Gomes causaram à família “Novaes” (irmãos Sérgio e Eliana), aqui de Fortaleza, que, de dirigentes estaduais do PSB, literalmente foram “obrigados” a de lá se mandar após a chegada dos sobralenses, só retornando e retomando o comando da sigla após o falecido presidente nacional da agremiação, Eduardo Campos, negar-se peremptoriamente a ceder a Ciro Gomes a vaga de representante do PSB na corrida presidencial, a ele (Eduardo) reservada ???

Como olvidar, ainda, o que o falastrão Ciro Gomes fez com o seu padrinho-político, Tasso Jereissati, responsável pela ascensão dele e da família Ferreira Gomes na política cearense ???)

Enfim, a realidade é que, por falta de seriedade e respeito aos seus eleitores e simpatizantes, a esta altura o “ATESTADO DE ÓBITO” do PDT já terá sido devidamente lavrado no cartório competente, e que na sua “laje-sepulcral” compreensivelmente constará o vergonhoso epíteto de “BARRIGA DE ALUGUEL”.

Post Scriptum:

O agora candidato a governador Roberto Cláudio e aquele mesmo que, como prefeito da cidade, mandou retirar a placa registradora da inauguração do Parque Parreão, no Bairro de Fátima, na administração Juraci Magalhães, substituindo-a por uma outra onde consta que referido parque foi inaugurado por ele, Roberto Cláudio, no que poderíamos considerar uma vergonhosa e desonesta “APRORIAÇÃO INDÉBITA”). 

sábado, 9 de julho de 2022

 “LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA ( II ) - José Nilton Mariano Saraiva


Por mais incrível que pareça, só agora parte da grande mídia brasileira começa a aventar a possibilidade do ex-presidente Lula da Silva se tornar alvo de atentados no decorrer da campanha eleitoral, tendo em vista o clima beligerante dia-a-dia insuflado pelo “traste” que está no poder, em razão de já vislumbrar uma acachapante e desmoralizante derrota eleitoral.

Assim, tomamos a liberdade de “(RE)POSTAR” parte de um texto de nossa lavra redigido há mais de ano, tratando sobre (não, senhores, não descobrimos a pólvora, não temos “bola de cristal” e nem somos nenhum adivinho).

Vide abaixo:

“No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino da vereadora Marielle Franco, o tal do Ronald Lessa, era morador e vizinho de condomínio da família Bolsonaro)”.

Fortaleza, 24.03.21

NA DECADÊNCIA DO RIO DE JANEIRO, A ASCENSÃO DOS "BOLSONAROS" - José Nilton Mariano Saraiva

Cidade litorânea - “abençoada por Deus”, no dizer dos poetas – já que agraciada com uma “beleza natural” ímpar, por anos a fio o Rio de Janeiro funcionou como a “capital” do Brasil e, pois, sede do Governo Federal (com toda a sua estrutura ministerial, administrativa e de segurança reforçada) e, por conta disso, recepcionava delegações do mundo inteiro, advindo daí uma economia pulsante e pujante.
Embora à época o marketing não tivesse ainda uma atuação tão determinante como nos dias atuais, a verdade é que a inexcedível “beleza natural” da cidade se impôs por si só, e os “alienígenas” que lá aportaram exerceram papel decisivo na sua propagação mundo afora, quando da volta às origens. Assim, o Rio de Janeiro tornou-se uma cidade segura, cosmopolita e rebatizada de “cidade maravilhosa”.
Mas, como todo processo desenvolvimentista tem seus ônus e bônus, no Rio de Janeiro não foi diferente; assim, descobriu-se que à beleza natural da cidade poder-se-ia acrescer um handicap poderosíssimo, que decerto atrairia mais e mais gente: surgiu então um tal “carnaval”, festa profana, de produção cinematográfica, com suas estonteantes mulheres seminuas capazes de atrair e deixar a “gringalhada” endinheirada de queixo caído e no mais alto e perene estado orgástico.
Tanto é, que passou a figurar e tornou-se opção obrigatória nos “cardápios” das agências de turismo do mundo inteiro (era algo imperdível, garantiam). E assim, ano após ano, eles, os “gringos”, nos propiciaram suculentas divisas (bônus).
Em contrapartida (ônus), tal enxame de turistas estrangeiros, cheios do vil metal (que lhes permitia extravagâncias sem fim), potencializou o “complexo de inferioridade” e propiciou um profundo sentimento de revolta dos eternos “excluídos da festa”, oriundos não só da sua paupérrima periferia, mas, também, de outros estados brasileiros; iniciava-se ali a gestação do “ovo da serpente”, que mais tarde se materializaria em todo o seu apavorante esplendor: as “milícias”.
Um pouco antes, em termos nacionais, cumprindo promessa de campanha de que se vencedor do pleito presidencial relocalizaria a capital do Brasil para o centro do seu território continental, Juscelino Kubitschek (eleito) do nada erigiu no planalto central do Brasil uma nova, planejada e moderna cidade, Brasília, que tornou-se então a capital do Brasil.
Daí, toda a estrutura governamental (e seus milhares de funcionários) tiveram que pra lá se mandar, a fim de assegurar ao menos o emprego. O Rio de Janeiro dançou solenemente, principalmente no tocante ao quesito segurança, e aí literalmente os “milicianos” tomaram de conta do pedaço, decretando o começo da decadência da “cidade maravilhosa”.
Frustrados e talvez por vingança (perderam o status de capital do Brasil e a segurança reforçada da qual desfrutavam), os moradores da cidade decidiram (equivocadamente) que não mais se preocupariam quando das eleições do executivo e legislativo; e, assim, passaram a eleger figuras menores e medíocres, tais quais Negrão de Lima, Moreira Franco, Eduardo Cunha, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, o índio Juruna, Pezão, Agnaldo Timóteo e, mais recentemente, os Bolsonaros.
Expulso do Exército por insubordinação e terrorismo, o paulista Jair Bolsonaro viu na atividade política a oportunidade para “se fazer” na vida, e assim, apoiado por periféricos, elegeu-se Vereador pelo Rio de Janeiro; antes de concluir o mandato elegeu-se Deputado Federal, repetindo a dose em oito oportunidades (durante esse tempo, pulou de galho em galho, demonstrando nenhuma fidelidade partidária, transitando por 08 agremiações, a saber: PDC, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e PSL). Alguém aí lembrou do Ciro Gomes ???).
Nesse ínterim, conseguiu com que três dos filhos fossem eleitos e ingressassem para o legislativo (municipal, estadual e federal) aos quais repassou “nobres ensinamentos” da atividade política (dentre os quais as famosas “rachadinhas”, hoje por eles exercitadas com vigor).

Conclusão: coincidentemente ou não, a decadência do Rio de Janeiro parece ter servido de “rampa de lançamento” para a ascensão do clã Bolsonaro, ao ponto do mentecapto patriarca ser eleito (equivocadamente) para a Presidência do Brasil; como resultado, temos hoje um país destroçado, verdadeiro pária internacional, em razão do seu flagrante despreparo. 

domingo, 3 de julho de 2022

 “A POLÍTICA É DINÂMICA” - José Nílton Mariano Saraiva        

Como o candidato Lula da Silva, num misto de desprendimento e amor à pátria, acaba de afirmar que não pretende concorrer à reeleição na perspectiva de ser sufragado este ano, e levando em conta aquela máxima de que... “a política é dinâmica” (autor: Luiz de Gonzaga Fonseca Mota, ex-governador do Ceará), começam a surgir no horizonte conjecturas às mais díspares e, teoricamente, de difícil concretização.

Sabe-se, por exemplo, que o ideal para o Brasil seria que se “cortasse o mal pela raiz”, eliminando-se o Bozo de forma acachapante ainda no primeiro turno, de maneira que aos mal-intencionados não sobrasse questionamentos/espaço para se insurgirem com o resultado das urnas eletrônicas (urnas eletrônicas, sim senhor, queira ou não o Bozo).

Uma dessas conjecturas seria que, ao constatar não ter cacife ou votos suficientes para chegar lá, o senhor Ciro Gomes (em meados de julho/agosto, já que não consegue atingir os dois dígitos nas pesquisas), num último resquício de grandeza que lhe reste (difícil de acreditar, não ???), abdicasse/desistisse da sua candidatura e recomendasse aos seus seguidores o voto em Lula da Silva (afinal, o perigo iminente atende pela denominação de “fascismo” e seu representante mor é Jair Bolsonaro, secundado por seus milicos asquerosos).

De outra parte, sabe-se que “acordos políticos”, normalmente firmados pelas cúpulas respectivas (o “povaréu” deles só toma conhecimento a posteriori), contemplam sempre o “médio/longo prazo”.

Assim, ao insistir na candidatura, mesmo sabendo não ter a mínima chance de chegar lá, Ciro Gomes, na verdade, não está mais do que tentando obter um acordo que de alguma forma lhe renda dividendos nesse “médio/longo prazo”.

Como já deve ter “se mancado” que só conseguirá alçar voos mais altos se obtiver o “aprovo” (ou a indicação) de Lula da Silva, a “moeda de troca” (já que Lula da Silva não pleiteará a reeleição), seria que conseguisse com o próprio a chancela para ter o apoio do PT na eleição presidencial de 2026, como cabeça de chapa (por mais incrível que pareça, essa é uma possibilidade real, se Ciro Gomes é um dos protagonistas; portanto, atentem pra isso).

Até porque, quem conhece Ciro Gomes sabe que, por ter passado boa parte dos últimos meses a escrachar com desmedida virulência Lula da Silva e o próprio PT, ele não sentiria o menor constrangimento ou o mínimo de vergonha em, de público, desdizer tudo o que disse ao longo da campanha, a fim de firmar tal acordo (afinal, a política não é dinâmica ???).

Evidentemente que, tanto da cúpula do PT, como dos seus milhões de correligionários, tal cenário jamais seria aceito ou sequer imaginado, até mesmo porque, se conseguir eleger Fernando Haddad governador de São Paulo (como tudo está a indicar), o candidato natural do partido para suceder Lula da Silva, em 2026, seria o próprio Haddad (um quadro competente, respeitável e por demais qualificado).

Se o “dinamismo” da política comportará tal tese - desculpar e, ainda por cima, apoiar Ciro Gomes numa futura eleição presidencial em troca do seu apoio no momento atual - é algo que não passa pela cabeça de ninguém (a não ser do próprio Ciro Gomes).

Alfim, não devemos olvidar, jamais, em tempo algum, o que Ciro Gomes fez com o seu “padrinho político”, Tasso Jereissati, que o catapultou do anonimato sobralense e o fez conhecido nacionalmente.

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Post Scriptum:

OU SERÁ - MESMO - QUE O “DINAMISMO” DA POLÍTICA COMPORTARÁ TAL TESE (o apoio petista a Ciro Gomes em 2026) ???