domingo, 12 de novembro de 2023

 NA INVEJA, O “COMEÇO DO FIM” - José Nílton Mariano Saraiva

Embora carcomidos pela voragem do tempo, alguns jurássicos e ultrapassados conceitos de iniciativa da Igreja Católica teimam em permanecer por aqui. Assim, ainda hoje vige entre nós que são sete os pecados capitais do ser humano, a saber: a soberba, a avareza, a ira, a luxúria, a gula, a preguiça e a inveja.

Pois bem, conivente e conveniente, a “preguiçosa” e parcial mídia esportiva cearense deixou passar em brancas nuvens um relevante detalhe que acabou por rebaixar a equipe do Ceará Sporting Club da série A para a série B do campeonato brasileiro de futebol, edição 2022, frustrando seus milhões de adeptos.

Não custa lembrar que, à época, a equipe do Ceará tinha sua diretoria executiva comandada pelo senhor Robinson de Castro, que fora integrante da vitoriosa administração Evandro Leitão.

 

Naquela temporada (2022), o Ceará foi eliminado precocemente na Copa do Nordeste diante do CRB; eliminado precocemente no Campeonato Cearense diante do Iguatu; eliminado na Copa do Brasil pelo 2° ano consecutivo pelo rival Fortaleza; eliminado na Copa Sul-Americana pelo São Paulo; e viu a cereja escorrer pelos dedos ao ser rebaixado na principal competição, a Série A (os comandantes do Vozão na temporada foram Tiago Nunes/fraco, Dorival Júnior/excelente, Marquinhos Santos/fraco, Lucho González/tragicômico e Juca Antonello/fraquíssimo).

 

E aqui, “o detalhe” crucial que certamente redundou na caída ou rebaixamento do Ceará Sporting Club da Série A para a Série B: como o arquirrival (Fortaleza) houvera trazido da Argentina um desconhecido treinador (Vojvoda) que surpreendentemente fez o time se tornar por demais competitivo dentro de pouco tempo, a INVEJA pintou no pedaço e Robinson de Castro, então presidente da instituição, com toda a empáfia de que é possuidor, fez questão de anunciar ao vivo, na TV, que se reunira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com o ex-jogador argentino Lucho González, que manifestara desejo de iniciar sua carreira de treinador de futebol exatamente num clube da Série A (um absurdo), embora sem nenhum curriculum digno de ser analisado, por absoluta falta de conteúdo (a decisão foi pessoal, dele, Robinson de Castro).

 

E então, nos dez (10) jogos comandados por Lucho González e sua comissão técnica (contratados a peso de ouro), dos 30 pontos que disputou o Ceará conseguiu apenas e tão somente 07 pontos (01 vitória, 04 empates e 05 derrotas), ou 23,33%.  

 

Em resumo e até prova em contrário, o “COMEÇO DO FIM”, para a equipe e, consequentemente, para a instituição se deu quando, movido pela INVEJA e IRRESPONSABILIDADE, Robinson de Castro jogou o Ceará Sporting Club na Série B, ao entregar seu comando a um despreparado iniciante, com toda a carga de prejuízos daí decorrentes (em 2023, apesar da destituição de Robinson de Castro, não conseguiu voltar à Série A, e disputara em 2024  na mesma Série B).

 

E haja prejuízo e sofrimento.

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