sábado, 19 de outubro de 2024

DA “VERDADE FACTUAL” NÃO SE FOGE - José Nílton Mariano Saraiva

A Internet (de domínio público) não perdoa. Dias atrás, foi veiculado um vídeo de teor eminentemente escatológico, onde o agora candidato à prefeitura de Fortaleza, André Fernandes, ainda na adolescência mostrava aos seus adeptos, pormenorizadamente e de forma didática, como proceder para “depilar” sua parte baixa, traseira (glútea).

Imediatamente, lá no sul/sudeste do país, os conceituados jornalistas José Roberto de Toledo e Kennedy Alencar, vinculados a jornais e sites de projeção nacional, cognominaram aquele momento, no site da UOL, como... “raspa cu” (tal vídeo também se acha disponível na Internet).

No mesmo vídeo, essa mesma figura (André Fernandes) mostra sua porção maldosa e extremamente preconceituosa para com as mulheres, em geral, ao “apunhalar” com incontida e desmedida fúria um pedaço de papelão, sem que antes alerte que aquela simplória peça na realidade representaria uma pretensa namorada.

Mais adiante, ainda no mesmo vídeo, tal figura atinge o clímax, quando aspira, rapidamente e com uma ânsia incontida, uma fileira de um pó branco não identificado, mas que supostamente somos tentados a acreditar tratar-se de algo de teor alucinógeno.

Posteriormente, confrontado com a “verdade factual”, a figura em questão não negou sua veracidade, mas simplesmente limitou-se a afirmar que o tal pó branco que profundamente aspirou, se tratava, na realidade, de sal, puro sal (algo difícil de acreditar, porquanto qualquer pitada de sal provoca no ser humano o aumento geométrico da pressão arterial, podendo até levar a óbito imediato). E ele está aí, vivinho da silva (e mentindo muito). 

Aqui, um adendo: a expressão “verdade factual” é usada para cognominar... “algo que é verificável e baseado em fatos objetivos, ou seja, informações que podem ser confirmadas por meio de evidências concretas ou observação”.

Essas verdades (no caso específico um vídeo com imagem e som) não dependem de opiniões pessoais, crenças ou interpretações subjetivas, mas de realidades que podem ser constatadas independentemente das percepções individuais.

No mais, se alguém tem alguma dúvida o vídeo está disponível na Internet; confiram e formem seu “juízo de valor” sobre referida figura.

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