terça-feira, 25 de setembro de 2007

Filha da Bruma.


São nos olhos pousados sobre teu corpo como o sol que pousa sobre a terra,
Que perco meus raios sobre ti,
Como as folhas correntes nos ares do outono, como as pedras dolentes nos rios, nas águas de março...
Que assim surjo para ti e tu somes no vazio do espaço
É assim que corro como Apolo, pelos céus, que roubo as asas de Ícaro e grito teu nome do alto da torre de babel, do alto de todos os píncaros.
E assim correm meus dias vendo as flores nascerem como você. Ver cada pétala Invadir-se de cor como você que infesta de vida ao chegar, que vejo as ervas daninhas olharem o viço das flores aspirando matar...
E eis que as lágrimas caídas do rachar do céu não somente inspiram os crimes das ervas,
Não inspiram somente o bradar de trovões.
Agoam sim teu corpo e a água toma-se em veios, suas veias, nutre-as e assim torna Novamente a teu viço impecável, o teu exalar letárgico de perfumes e teus olhos negros a furar-me a alma.
É por a mesma navalha que também sangro e me faço etéreo, agora não mais para te buscar...
Torno-me híbrido, um tiro de festim, a perfurar-lhe o peito e em você me misturar.

2 comentários:

  1. seja benvindo Sávio! Deixei na casa do Abidoral um convite pra você.

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  2. Salatiel, desde já gradeço o convite. Quanto ao convite já o recebí e espero que possa ir. Quero estar por perto para saber as propostas do partido.

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