domingo, 25 de novembro de 2007

AMANHÃ

O amanhã há de chegar, há de chegar sempre,
Sempre o dia vindouro, um futuro ideal.
Mas por hora os homens sangram na tarde,
Sangram como um sol pondo-se num milharal.

O amanhã sanará as chagas de todo o mundo,
E as chagas sumirão de toda a humanidade.
Enquanto isso os homens choram,
Escondendo sua dor, embreagando-se de felicidade?

Este amanhã de tez ão justa,
De que ele é feito e como ele fala?
Este amanhã nada mais é que um brinde com cicuta,

Corrida de muletas, análise de cegos.
Amanhã que é tecido pela voz de quem "Parla",
Mas jamais pelos ouvidos de quem escuta.

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