Cena posível de filme impossível
Zeca piston vem devagar pela pista. Desliga o caminhão. Desce. Se espreguiça. Coça os ovos. No rádio do seu carro a voz monocórdica de nelson gonçalves: “maria bethânia, tu é para mim...”
Maria olha com frio o caminhão vermelho parado em sua porta. Enxuga as mãos em seu avental de cor indefinida. A galinha, morta, no balcão em sua frente parece com nada. Ela nunca foi muito jeitosa com facas.
Zeca piston brinca. Pergunta de que foi que a galinha morreu. Maria olha, com frio, responde: - de perguntar coisas idiotas!
Ele senta. Pensa em sair. Não sai. Pede cuscuz com bode. Coca cola gelada. O prato fumega em sua frente. Coloca uma nota de cinqüenta na mesa.
- não tenho trôco.
- melhor... fica de graça.
A faca sobe
- nada...
A faca desce no pescoço de zeca piston. Uma. Duas. Três vezes.
- eu disse... nada... fica de graça nessa porra de vida.
O sangue tinge a toalha encardida. Os ossos do prato. O resto do cuscuz. O olho morto de zeca piston fita a nota de cinqüenta. Esvoaçante. Maria pega a nota. Olha o corpo morto. Cortes mal feitos no pescoço. O caminhão em sua frente ainda vomita nelson gonçalves, indolente: “dolores sierra, vive em barcelona, na beira do cais...” maria entra no caminhão. Desliga o rádio. Engata a primeira. Sai devagarinho. Mais na frente joga a faca suja de sangue. Ela nunca foi muito jeitosa com facas...
Zeca piston vem devagar pela pista. Desliga o caminhão. Desce. Se espreguiça. Coça os ovos. No rádio do seu carro a voz monocórdica de nelson gonçalves: “maria bethânia, tu é para mim...”
Maria olha com frio o caminhão vermelho parado em sua porta. Enxuga as mãos em seu avental de cor indefinida. A galinha, morta, no balcão em sua frente parece com nada. Ela nunca foi muito jeitosa com facas.
Zeca piston brinca. Pergunta de que foi que a galinha morreu. Maria olha, com frio, responde: - de perguntar coisas idiotas!
Ele senta. Pensa em sair. Não sai. Pede cuscuz com bode. Coca cola gelada. O prato fumega em sua frente. Coloca uma nota de cinqüenta na mesa.
- não tenho trôco.
- melhor... fica de graça.
A faca sobe
- nada...
A faca desce no pescoço de zeca piston. Uma. Duas. Três vezes.
- eu disse... nada... fica de graça nessa porra de vida.
O sangue tinge a toalha encardida. Os ossos do prato. O resto do cuscuz. O olho morto de zeca piston fita a nota de cinqüenta. Esvoaçante. Maria pega a nota. Olha o corpo morto. Cortes mal feitos no pescoço. O caminhão em sua frente ainda vomita nelson gonçalves, indolente: “dolores sierra, vive em barcelona, na beira do cais...” maria entra no caminhão. Desliga o rádio. Engata a primeira. Sai devagarinho. Mais na frente joga a faca suja de sangue. Ela nunca foi muito jeitosa com facas...
Lupeu: Quentin Tarantino baixou nesta paisagem de beira de estrada, entre Salgueiro e Lagoa Grande. O pescoço da galinha e o do piston, ambos deixaram de cacarejar por uma nota de cinquenta e Maria não tinha jeito para facas mesmo.
ResponderExcluirPor falar em algo, outro dia assisti a Árido Movie, uma transição entre o Algodão e a Maconha com a mesma babaquice infanto-juvenil da capital frente as balas sem jeito dos sertões.
oh yes!!!!!
ResponderExcluirtarantino neles.
algoconha, caminhões,
e vampiros new-age
no triângulo polissílabo
as margens do chico river.
hasta la vista zé do vale.
Lupeu, velho...
ResponderExcluirSó quero dizer uma coisa: Parabéns pela postagem.
Outra coisa:
Vc recebeu o e-mail que te enviei?
Parece que não tenho seu e-mail do dia-a-dia, me passa aí, ou escreve para mim.
Enviei para o seu do Gmail.
Entra em contato.
Um grande abraço,
Dihelson Mendonça
Valeu The Lupas
ResponderExcluirum flash existencial
muito interessante
beleza quer você tenha voltado no gás total
volume no talo
com as válvulas fritando
grande timbre distorcido
valeu cara
um abraço irmão
Rápido e conciso feito um abalo no gatilho!
ResponderExcluirEu não durmo ser ler o Lupeu, o Marcos Leonel e o Domingos Barrosso, pois gosto dos pesadelos. O Zé Flávio Vieira e o Jose do Vale me fazem ter sonhos bons. Cadê aquela menina chamada Socorro Moreira, pois é dela que gosto mais.
ResponderExcluirUm beijo no coração dos que dão voz aos "anônimos"!
Liberté, Egalité, Fraternité! É proibido proibir no blog Cariricult!!!
anônimo!!!
ResponderExcluira quanto tempo!!!!
você continua ruim de digitação
e de entendimento.
você é homem? mulher? bicho?
na dúvida, chupe meu pau e morra.
lupeu