sábado, 24 de novembro de 2007

Conferência Regional do Meio Ambiente: Reflexão e ação para salvar o planeta

Aconteceu ontem, 23, no Auditório do SESI, em Crato, a Conferência Regional do Meio Ambiente, etapa que antecede a III Conferência Estadual (CEMA), que acontecerá de 13 a 15 de dezembro, em Fortaleza.
O cantor João do Crato abriu o evento, que contou com a participação de cerca de 150 pessoas, representando 14 municípios da região sul do estado. João do Crato interpretou, à capela, a composição A verdade e a mentira, de Pachelly Jamacaru e Patativa do Assaré. Em seguida foi composta a mesa diretora dos trabalhos, integrada por André Barreto (presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do do Ceará), Nivaldo Almeida (secretário de Agricultura e Meio Ambiente do Crato), Eraldo Oliveira (gerente do Escritório Regional do Ibama), William Brito (Instituto Chico Mendes, que proferiu a palestra de abertura), Paulo Ney Martins (prefeito de Campos Sales), Geraldo Pinheiro (presidente da Câmara de Diretores Lojistas do Crato, representando o setor empresarial), Alda Ferreira (Associação Cristã de Base, representando os movimentos sociais) e Pierre Gervaiseau (Fundação Araripe, representando a sociedade civil). Nas palavras de abertura, ficou enfatizado o caráter reflexivo e proativo da Conferência.
Desfeita a mesa, o agrônomo William Brito proferiu uma substancial palestra sobre ecocidadania e mudanças climáticas (tema central dos debates), alertando para as conseqüências do desequilíbrio ecológico que se vem acentuando nas últimas décadas, decorrente da exploração desenfreada dos recursos naturais. Alarmantes e preocupantes dados fornecidos na palestra dão conta de que onze dos doze anos mais quentes do planeta desde 1850, ocorreu no período de 1995 e 2006. O superaquecimento global vem acarretando elevação do nível do mar, secas no Brasil (em regiões tradicionalmente não afeitas ao problema climático, como Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Amazônia), desertificação, diminuição da água potável, perda de lavouras e criação, pobreza, fome, doenças, migrações e violência. William Brito alertou ainda para os crônicos problemas ambientais que ultimamente vem ocorrendo com maior freqüência no Cariri, como os incêndios florestais, a biopirataria, que hoje é a terceira atividade ilegal , só perdendo para o tráfico de drogas e de armas; e a questão do lixo e dos recursos hídricos. Neste ponto, William Brito tocou na ferida exposta dos rios Batateiras e Salgado, mas lembrou que os outros rios e riachos da região, como Grangeiro, Carás, Salamanca e Ouro, passam pelos mesmos problemas de barramento e poluição.
A etapa seguinte foi a constituição de grupos de trabalho, divididos por temas (atividades produtivas, terra e água, cidades, macroestruturas e Agenda 21), para elaboração de propostas que serão encaminhadas às conferências Estadual e Nacional.
Após o almoço, houve a apresentação das propostas de cada grupo na plenária e eleição de delegados para a III CEMA.

Obs.: As fotos da Conferência são de Luiz Carlos Salatiel.

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