sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Ausência de segredos

Desgraça
a corda solta
do violino torto
da muriçoca bêbada.
Qualquer noite
desseco seu ventre.
O conhecimento colhido fumaça.
A brisa do ventilador
seca o bico da lapiseira.
Formiga ferrugem passeia
pelo braço da poltrona.
Há quem diga
que a morte se aproxima.
Aproxime-se, querida.

4 comentários:

  1. Domingos: antes poetavas com o corpo, agora com o ambiente, anotas com lapiseira, na ferrugem que formiga as cadeiras. Adiante poeta, já estava com falta desta profusão de diálogos. Até com esta menina morte que tanto promete e não dar.

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  2. Dizem que a morte é um anjo
    uma mulher traiçoeira
    ceifadora que verdeja
    a phoda da vida inteira...
    A morte não é o fim...
    transforma tudo que pega
    eu tenho ela comigo
    mas vivo da brincadeira!

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  3. Domingos,
    o poeta que transforma
    as coisas pequenas em grandes!
    Eu creio, poeta, que a morte torna-se mais morta quando a gente a tem
    mais viva.
    Um abraço.

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