domingo, 18 de novembro de 2007

Entre náuseas

Ocioso
em eterno repouso
escrevo.
Dentro da medula
células brancas pulam.
Do centro do cérebro
retirado um caroço de abacate.
Cafezinho quente
entrando por minhas narinas.
Antes de atingir-me a alma
brinca com meus sentidos.
Meu coração é frágil,
pode abrir-se.
Mas sem ruídos.

2 comentários:

  1. Domingos Barroso: usando teu corpo como referência, no máximo teus sentidos, transfixas o corpo opaco deste cotidiano sem tramontana. Leio sempre tuas postagens, pois tens o quê dizer. Quem tem o quê dizer deve fazê-lo.

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  2. "Meu coração é frágil
    pode abrir-se
    mas sem ruídos."

    É assim que desejo meu coração...Que não faça barulho, quando abro a guarda!

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