sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Nacacunda, babe

Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
mas não me jogue
óleo quente na cara.
Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
mas não me apunhale
com a faca afiada
de cortar carne.
Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
mas não rasgue
meus últimos versos
tampouco passe a tesoura
na camisa de linho nova.
Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
mas não puxe
meus ovozinhos murchos
sobretudo de ressaca.
Uma dor desgraçada.
Uma dor descomunal.
Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
mas esse negócio
de tensão pré-menstrual
não lhe reserva o direito
de comer meu fígado
mal passado e sem sal.
Nacacunda, babe
Nacacunda, babe
minha angústia, meu deleite
minha angústia, meu deleite.
Nacacunda, babe.

3 comentários:

  1. O termo "nacacunda" é bonito, simbólico, instigante e poético, como você, poeta, muito bem soube usá-lo.
    Babe ou Baby...
    Eu babo, baby...

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  2. "Se eu quero
    se você quer
    tomar banho de chapéu..."Rauzito"
    Ora, Domingos, como já diziam os concretistas Beba ... Babe
    bebe
    baba
    báh!!!!

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  3. Cuspa
    beije
    ame
    escreva
    viva
    mas em dias de show de rock
    deixe a camisa de linho e vista uma de couro, resistente a tesouradas e piche quente!

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