abaixo de zero,
teus olhares me deixaram,
congelado,
concentrado,
nenhum pingo de suor,
umidade de expiração,
apenas um bloco gelado.
e peguei o destino dos icebergs
pelas correntezas dos mares,
um cubo translúcido,
deslizando aos olhos teus,
congelado,
concentrado,
um rasgo de coração ateu.
e assim naveguei,
abaixo de zero,
ao efeito de teus olhares
desgarrado da Antártida,
orientando-me pela estrela polar,
passando através do buraco de ozônio,
em busca de teus braços tropicais.
e aqui estou,
expondo todo o bloco,
congelado,
concentrado,
só para me derreter
nos laços dos braços teus,
diluir toda pedra,
abaixo de zero,
que um dia teu olhar fez.
Um primor!
ResponderExcluirLindo,lindo,lindo!!!
Tenho vários olhares...
ResponderExcluirUm deles está congelado
num doce momento mágico
quando cruzou com o teu...
Tenho muitos olhares
de brilho, e de opala...
de espantos, de madrugada
de profunda sonolência,
e cansaço...
Tenho teus olhares guardados
uns, extremamente irônicos
outros , visivelmente amorosos
Mas sempre mirados,
no tempo que ainda vejo
Tenho olhares perdidos,
nos abraços dados...
coração ferido
Por setas incertas
feridas lambidas
e jamais curadas
Tenho o olhar invisível
que sinto pousado em mim...
Santo ,Divino...
Esse olhar, cuida de mim!
Poema gélido que faísca!
ResponderExcluirUm abraço.