segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Repentes...Última Madrugada !







Madrugada que chora
nuvens aliviadas
lua ausente

Viajo no sonho...
Rio dos meus endereços!

Ressonam teus sinais...
stand by!


Namoro da alma
numa carne viva
pra que transcendência?
Um encontro é lenda
mas se faz carente
quando a noite é paz!

O céu ligou todos os sons
música estronda...
efeitos faiscantes
marcam esse momento!

Beijo teu mistério,
e furtivamente...
Aquieto o meu desejo!

Voltou a inquietação...
Meu amor se declara...
É paz ou guerra!
E o passado some
misturado em tantos
que eu já não espero
Agora és tu...
presente no futuro,
apronto esse tormento,
em ventos mensageiros
Chegas em perfume
da pele imaginada
esboço enluarado
de obscuro êxtase!
Ópios que penetram...
Sem perda de tempo
te concedo a chave
dessa nova casa!

Ele é louco
maravilhosamente louco!
Lobo e claro
como as manhãs de dezembro
Caminha para mim
num passinho lento
chega descansado
mas com fome intensa...
E nesse entrelaçado
de tantos segredos
Eu procuro em versos
matar seu desejo!

Tudo ameaça nascer
Tudo chegou outra vez
Explode como bomba,
no contentamento!

Ainda pode ser
E pode também não ser...
O verbo desconjugado
Alínea eu e você!

Beijo a boca
que fala pelos dedos
Beijo esse corpo
com muito desvelo
E nesse engate
de sentido fálico
A poesia é sexo...
Verso...Eu te desejo!

4 comentários:

  1. "O verbo desconjugado
    Alínea eu e você"!
    Paradoxo sentimental...
    Legal isso!
    Abraço, que 2008 conserve ésta tua mágica inspiração!
    Pachelly

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  2. Vc fotografa a pose de um verso...e o verso se enfeita, nos teus olhos!


    Abraços

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  3. Dar sentido às palavras não é difícil quando se tem um mínimo raciocínio, mas realçar-lhes a beleza de modo tão inspirado só é possível aos poetas, cabendo a nós, os "sem-verso", somente admirá-los.
    A fonte da poesia é inesgotável.
    Continue se refrescando nela e deixando seus rastros poéticos aonde pousar os seus passos.

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  4. Adriana, cem versos pela palavra dela!

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