quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

DEU FEBRE AMARELA NAS AUTORIDADES DE SAÚDE


Sobre a nota O MOSQUITO na coluna Panorama Político de Ilimar Franco no Globo de hoje (17/01/2007) lhe escrevi. "É no título da nota que se encontra o problema e não no relativo menor estrago da Febre Amarela em termos de mortes. O denominador comum é o Aedes aegyptti que foi reintroduzido no Brasil no início da década de 70 e por volta de 1984 estava queimando o governo Brizola com uma epidemia de Dengue. Aquela em que o mosquito não era federal, estadual ou municipal. As autoridades sanitárias brasileira, os cientistas e a sociedade estão inapetentes para enfrentar o tal mosquito. O Serra sofreu uma epidemia aqui no Rio que teve muita influência negativa na imagem de bom ministro que se tinha dele. O Garotinho teve problema igual e de uma forma entre direta e indireta o governo Lula enfrenta esta Febre Amarela que é o mesmo problema da epidemia de dengue que teve aumento em 2007. Não é que tenha ocorrido a reintrodução da Febre Amarela Urbana, é que o mosquito Aedes ficou e ninguém faz o suficiente para enfrentá-lo. Se você tiver a curiosidade vou chutar uma informação: o último ministro que efetivamente considerou a questão do Aedes foi o Jatene no primeiro governo FHC quando propôs na Organização Pan-americana de Saúde uma ação continental. Os outros transferiram o problema com o biombo de discursos corretos: municipaliza o combate. Nem hoje e nem nunca se enfrentará um mosquito de grandes habitats com ações locais. Tem que ser uma política nacional, comandada, disciplinada, com metas, avaliações e medidas de vigilância poderosas. O ministro Temporão ao invés de abrir a boca e denunciar esta derrota do Estado e da Sociedade e liderar uma campanha nacional fica tentado a desmentir o secundário que é a não existência da febre amarela. O principal é enfrentar o Aedes nas cidades. O Aedes é o fator sine qua non para que a febre amarela se urbanize. Eis um problema dos ministros da saúde brasileira, jogam muito para a propaganda e imagem pública e muito pouco no enfrentamento de problemas enormes e que mesmo em surdina, sem grandes alardes, poderá fazer uma grande diferença. Aliás, entre tantas besteiras que possa dizer, esta reconheço, o ministro que tiver porte para realmente enfrentar o problema do Aedes, será eleito até a papa e se isso não for a sua praia, ao menos um prêmio nas orações dos brasileiro ganharia."

PENSADORES, CIENTÍSTICAS E PALPITEIROS CORREI: É CHEGADA A HORA DO BUTIM.

Um efeito colateral do fim da era desenvolvimentista e início do liberalismo. Isso ocorreu nas instituições do Estado brasileiro. Deixaram de pensar a sociedade como uma cultura própria dos brasileiros e preparar caminhos para superação de suas necessidades. Esqueceram a sociedade real e se dedicaram à tecnicidade de dar potências extras aos líderes empresariais e aos homens de negócios de toda natureza. Aqui no Rio, instituições de ensino e pesquisa, com base na excelência dos projetos da COPPE e da COPPEAD, copiaram o modelo e hoje os pensadores se tornaram especialistas em disputa e concorrência de projetos muitas vindas do próprio Estado e de suas empresas. Entre estes ninguém pensa nos brasileiros e no Brasil. A maioria se tornou especialista em aumentar seus próprios ganhos, em arrumar laranjas para disfarçar o ganho extra e dirigir todo tipo de organização privada que funciona de casamata para defesa de interesses reservados. Enfim: o principal efeito foi a individualidade, a pobreza de sentimentos e espírito, a queda moral e ética e o isolamento destes pensadores do futuro de uma nação tão necessidade de grandes idéias.

Um comentário:

  1. Caros amigos: dois erros flagrantes no texto. No segundo título onde deveria ter escrito cientistas, troquei as bolas e saiu uma palavra que nem existe. No último parágrafo onde deveria ter dito "necessitadas" disse "necessidades". Espero, apesar de tudo, ter sido compreendido.

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