No ato da escrita,
pensando,
ajustando um
ou outro verso,
a poesia se dissipa.
Consigo leva
a alma do poeta.
O poeta é de fato
seu fiel depositário?
Digo,
na cerração
do pensamento,
longe do arrebatamento,
a poesia foge
ou adquire outra forma?
Mantenho relação fértil
com o cordeiro
e a serpente.
Até agora
alcanço o fruto
sem subir na árvore.
A cada verso,
um fruto:
hematomas na testa,
queimaduras no braço.
Meus ancestrais são vozes
que ouço para proveito próprio.
Quando a balbúrdia estressa
ordeno que se calem.
Do útero,
apenas uma lembrança:
pernadas.
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