Manhã cintilante de um sábado sacana.
E o poeta cá corroído:
calos suntuosos, ombros em carne viva.
Matar larvas de aedes é uma batalha.
A semana toda caixas d'água intransponíveis.
Ralos fétidos. Casas mal-assombradas.
E nada me trespassa o peito.
Nem larvicida tampouco ópio.
Sobressaltado reconheço em meus olhos
o milagre da infância
quando formigas passeavam solícitas
não bêbadas.
Quando as lagartixas não temiam meus passos
e me encaravam com aquele sorriso sarcástico.
Meu vazio tão amplo me comove.
E o sábado lá fora mediterrâneo.
Sacana como todo grego.
Mando meu sábado pra ti ...quase bendito !
ResponderExcluirBenditos sejam os teus sábados,ó domingos!
ResponderExcluirque produção, cara,
ResponderExcluirmuito massa, seu texto flui existencialmente.