sábado, 17 de maio de 2008
STO. ANTONIO, O PAU EM QUESTÃO.
É imprescindível, urgente até, reinventar os costumes/tradições que vão de encontro à qualidade de vida ou, que seus contextos não estejam condigentes com a realidade aceitavel dos novos tempos, criando mecanismos que substituam os agentes danosos de conseqüências irreparáveis ao meio-ambiente, por exemplo! Hoje mais do que nunca é preciso repensar certos comportamentos irracionais, ilógicos, depredatórios, permutando-os por simbolismos que representem, simulem, imitem a realidade e façam às vezes de... Poupando assim de agressões diretas à vida em sua inimitável, insubstituível benesse ao ser humano. Nenhuma instituição religiosa, nem nomenclatura política, nenhum grupo empresarial, nenhum indivíduo, nenhuma festa humana, sob pretexto algum, deve colocar em xeque-mate, qualquer organismo vivo, micro/macro-sistma que implique no desequilíbrio ecológico.
A Festa de S. Antonio não perderia em nada do contexto festivo, se a curto ou médio prazo, os organizadores começassem a pensar lucidamente sobre a prática das plantações de Eucaliptos ou outra árvore com característica X e y, em substituição à mata nativa! Porque a força da festa está no simbolismo que ela representa. A flâmula de Santo Antonio tremularia altiva, incontestavelmente bela, se fossem envidados esforços neste sentido! E de quebra, o “VIVA SANTO ANTONIO”, bradaria da boca do povo alto, forte, e orgulhoso, por saber que em sua cidade se pratica uma festa ecologicamente correta!
Pachelly Jamacaru
Entre uma pausa e outra os carregados dão desmontrações de agressividade com um realismo impressionante! Dizem; que faz parte da Festa!!!
O lado místico na trajetória do Pau.
Fotos: Pachelly Jamacaru
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AGUARDEM FOTOS DO CORTEJO FOLCLÓRICO
Está certo, Pachelly!
ResponderExcluirPor mais que seja representativa uma manifestação cultural (ou por mais eficientes que sejam os planos de desenvolvimento em qualquer dimensão), as reservas naturais, nativas, principalmente, sejam da Amazônia ou do Cariri cearense,- devem ser prioridades e, assim, preservadas.
Um dado: existem hoje 72 paus da bandeira, somente em Barbalha. Todos os vilarejos (Arajara, Caldas, Correntinho, Estrela e etc), cultuam esse hábito de erigir um pau nativo, todos os anos. É desnecessário, ou pelo menos questionável que essa prática continue sem que haja uma alternativa, por exemplo: plantar cem, mil mudas para cada árvore cortada. Mas, muito mais grave ainda são esses planos de manejo que vêm desmatando, de forma altamente questionável, a Flona.
Eis um bom e imprescindível debate, nesse tempos pós-Marina da Silva.
Taí que eu não sabia deste levantamento, 72 não é uma por ano!!! Sua palavras reforçam o meu argumento e mais que isso, me impressiona esta estatística!
ResponderExcluirO que muita gente não se dá conta é que a Flona sofre uma agressão imensa no sentido Pernambuco/Ceará. Então, quando olhamos para a Chapada do Araripe, tem-se a impressão de que está tudo em ordem, mas, lá em cima o desmatamento é preocupante, acelerado, descoordenado, sem parâmetros!
Amigos,
ResponderExcluirA quetão central pra mim é: como conciliar a preservação das manifestações populares com a preservação da natureza? O que me parece é que os órgãos responsáveis não estão dispostos a resolverem o problema. Afinal, todo o ano é a mesma coisa. Com um bom diálogo, sem ninguém querendo mandar, ou querendo aparecer, ou ainda querendo ter dividendos políticos, essa polêmica já teria sido resolvida. Sou a favor da preservação da nossa casa maior, a natureza. Mas também defendo a preservação dos costumes e tradiçoes populares. E tenho certeza que com bom senso, diálogo e compromisso com a região o problema será equacionado. Só quem conhece profundamente a Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio pode entender a posição dos carregadores do pau e da comunidade de Barbalha.
Abçs
Océlio
A posição dos carregadores é meramente braçal e festiva, não compreenderiam algo maior, bem como as dos organizadores é que a coisa aconteça a qualquer custo, não lhes importando as conseqüências de suas inconseqüências, desde que os dividendos lhes estejam assegurados, têm isso em mente! Não obstante, existe ainda o oportunismo político explícito, bem como a política da festa em si. Algo como que: “Não importa quem morra na arena, mas que o povo tenha Festa”! Não acredito que com tantas inteligências à frente, não se encontre como o amigo bem disse, uma equação racional, pois se ficaram nos idos dos tempos as mortes e humilhações no Coliseu, “tradição Romana”, porque não morreria este mau costume, mau exemplo de sacrificar a natureza!? O glamour das festas deve está na superação de obstáculos, em tributos a natureza, e não no martírio ou colapso desta!
ResponderExcluirAbraços