sexta-feira, 16 de maio de 2008

AMANHECENDO COMO ANOITECE

Oh flor da madrugada,
por que pinga o mel do favo?
Suspire oh estrela vespertina,
das curvas em bando das andorinhas,
tanta tristeza que assuma as cores do entardecer.

Vem oh brisa matutina,
a mim o quê canta de estalo o galo campina!
Ladeia as sombras frias do posto sol,
o vigor morno das vontades ora frágeis,
quando o colágeno enrijece de tanto tempo visto.

Oh galo que anuncia a luz,
canta às ondas odoríferas dos negros cabelos dela!
Abre tuas asas oh ave noturna,
que do preto das madeixas dela fizeste rastros brancos,
e cada noite outros fios prateias como a luz do luar.

Oh memória que se imprime na primeira hora,
tantas madrugadas expressas em multiplicidade universal.
Enumera tuas saudades juntadas das horas idas,
flutua com a nave do coração como destino de retorno,
e adormece como um planeta entre noite e dia.

Oh paixão irremovível desde o minuto que a ti cheguei,
canto primeiro, assobios e tudo, apoteose das manhãs.
E tantas batalhas entre detalhes que anoitecem a diversidade,
diluindo-se nas constelações iluminadas e, na mesma fuga,
eu e ela, na noite universal que é demais para um .

2 comentários:

  1. José,
    Tô em campanha por Ingrid, espero sua sempre boa vinda verve.
    Essa mulher não pode perecer na selva.
    Imagine o que ela vai dizer...
    Vai dizer muita coisa...
    Vamos ouví-la...

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  2. Eu me apaixono nas madrugadas , quando a noite adormece minhas mágoas ,
    e a madrugada me chama
    de alguma estrela ,
    até que amanheço ,
    na linha do coração ...
    na palma da tua mão !

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