terça-feira, 15 de julho de 2008

Praça de guerra


Foto: Junior Panela

Nesse cenário de mágicas batalhas
A cidade cresceu vorazmente
Engolindo minhas ânsias, minha infância
As ingênuas aventuras da adolescência
Minhas dúvidas de fé, as críticas à Deus
Cristãos, mouros e ateus
lutando juntos pelos seus
Defendendo lembranças

Meu compromisso aqui era cantar, dançar!
Plantar flores
Semear esperanças
Nos jardins-saudade que cultivara
Dar poesia, sombra e aconchego pra ignorância

Mas o que via, me entristecia!

Que minhas lágrimas ao menos regassem nossa terra!

O homem urbano-sertanejo inumano desencantado
Pisoteava, talvez, até sem saber
Os canteiros que sempre fazia
Pra nos trazer alegria
Pra nos fazer sonhar
Pra nos fazer enxergar os reis, princesas e cavaleiros
Que cantavam o dia inteiro
Pela paz desse mundo prestes a guerrear!

4 comentários:

  1. Geraldo Júnior,

    Bela poesia, autobiográfica, impregnada de verdades, com ou sem metáforas. Uma lição de vida para todos nós viventes, errantes e "acertantes".

    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Geraldo, entre mouros e cristãos, que do fundo de nosso mitos, deixa nossa guerra em praça, é uma guerra como charla, é uma praça como guerra. Seguramente um dos melhores poemas do últimos aqui pelo Cariricult.

    ResponderExcluir
  3. E a� voc� est� por S�o Paulo ainda? Como est�o indo as coisas por ahi? Mande not�cias, rapaz! Boa sorte!

    ResponderExcluir
  4. Oi Salatiel!! Tentei ppostar algo pra ti no teu link de blog, mas não abre! Meu MSN é jbraiz@msn.com

    Estaos aqui entre Rio e São Paulo! Tem rolado varios shows eo povo tem gostado! E vc?!! Abraços

    www.geraldojunior.com.br

    ResponderExcluir