sábado, 23 de agosto de 2008
Estadão explica popularidade de Lula
É isto aí, avante Brasil! Sem ufanismo, mas com trabalho, ética, alegria e paz!
As informações foram publicadas pelo Estadão que não pode ser chamado de petista, lulista ou de esquerda. É preciso acabar com essa falácia de que o bom momento vivido pelo povo brasileiro é resultado do cenário internacional favorável e proclamar com todas as letras que o fato advém da competência do governo do ex-metalúrgico, aquele que não acerta uma concordância, mas está transformando o Brasil numa nação menos desigual e injusta, ao contrário dos intelectuais que acertavam as concordâncias e fizeram exatamente o contrário. Chegou a hora de fazer justiça. Aliás, 88% da população já reconhece os feitos do ex-operário. Estamos perto da unanimidade. Faltam apenas a elite branca e os preconceituosos.
Como o presidente sempre diz, 'nunca antes neste País...'
Emprego, renda, consumo, entre outros, vêm batendo recordes consecutivos e explicam popularidade de Lula
Da Redação – Jornal O Estado de São Paulo
SÃO PAULO - O governo Lula atingiu nos três primeiros meses de 2008 a melhor avaliação positiva desde o início do primeiro mandato, em 2003. O motivo, segundo analistas, seria a seqüência de indicadores socioeconômicos positivos divulgados nos últimos meses. De fato, índices como emprego, renda, consumo, entre outros, vêm batendo recordes consecutivos, numa série de "nunca antes na história desse País" que não parece ter data para terminar. Confira alguns desses recordes:
EMPREGO
A economia brasileira abriu 204,9 mil novos empregos com carteira assinada em fevereiro, um resultado 38,5% superior ao saldo de fevereiro de 2007. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O resultado do mês passado é o novo recorde da série histórica, iniciada em 1992, para os meses de fevereiro.
No primeiro bimestre do ano, estão acumuladas 347,9 mil novas vagas, um saldo 37% maior que o verificado no mesmo período do ano passado. As melhores marcas de geração de empregos formais, tanto em fevereiro quanto no bimestre, eram de 2006. Com as novas vagas abertas em fevereiro, o estoque de empregos formais da economia cresceu 0,7%, para 29,3 milhões de postos.
O Caged é um registro feito pelo Ministério do Trabalho com base nas informações mensais sobre contratações e demissões repassadas por todas as empresas que seguem as regras da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Todos os setores da economia tiveram resultados positivos em fevereiro, com destaque para os serviços, que criaram 74,4 mil vagas. A indústria, que abriu 46,8 mil, ficou em segundo lugar, seguida da construção civil, com 27,5 mil empregos. Entre os serviços, o segmento ligado ao ensino. O reinício do período letivo permitiu a criação de 31,5 mil empregos. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentaram os melhores desempenhos.
RENDA
Em 2007, 96% das 715 negociações salariais acompanhadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) asseguraram, no mínimo, a incorporação das perdas desde a data-base anterior. É o quarto ano consecutivo em que em mais de 70% das negociações analisadas houve reposição segundo a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Entre 2006 e 2007, a inflação média acumulada foi inferior de 3,9%. Das 715 negociações, apenas em 29 não houve reposição da inflação
COMÉRCIO
Janeiro de 2008 foi o melhor para o comércio varejista em sete anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As vendas do varejo aumentaram 1,8% ante dezembro e 11,8% ante igual mês do ano passado, a maior variação para o primeiro mês do ano desde o início da série da pesquisa, em 2001. Todas as atividades pesquisadas mostraram crescimento nas vendas ante igual mês de 2007.
O maior impacto no resultado total foi dado por hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. O grupo tem forte peso na pesquisa e teve expansão de 8,4% nessa base de comparação. A segunda principal influência veio de móveis e eletrodomésticos, que prosseguem mostrando fôlego surpreendente, com crescimento de 16%, uma forte aceleração sobre a alta de 12% de dezembro ante igual mês de 2007. Essas duas atividades responderam por 6,7 ponto porcentual, ou 57% do aumento total de 11,8% do varejo.
CONSUMIDOR
Impulsionado pelo bom momento da economia e aumento na intenção de compras para os próximos meses, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) disparou em março, com alta de 3,5% ante fevereiro. Em janeiro, havia caído 0,4%. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo estudo, a confiança do consumidor em março foi a maior da série histórica, iniciada em setembro de 2005.
ELEVADOR SOCIAL
Pesquisa O Observador Brasil 2008, feita pela financeira francesa Cetelem com o instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs, revela que a classe C já é a maioria da população. No ano passado, 46% dos brasileiros pertenciam a essa camada social, ante 36% e 34% em 2006 e 2005, respectivamente. Ela também foi a única que aumentou de tamanho no último ano. De 2006 para 2007, quase 20 milhões de pessoas ingressaram nesse estrato social, um número cinco vezes maior que no período anterior. A classe C reúne hoje 86,2 milhões de brasileiros com renda média familiar de R$ 1.062.
A maior parte do contingente que engordou a classe C vem da base da pirâmide populacional, as classes D e E, perto de 12 milhões de pessoas. Outros 4,7 milhões vieram das camadas A/B, que perderam poder aquisitivo. O restante é proveniente do crescimento vegetativo da população.
Outro dado positivo da pesquisa foi o aumento da renda disponível das classes C e D/E nos dois últimos anos. Em 2005, faltavam R$ 17 para o consumidor da classe D/E pagar as contas no fim do mês. No ano passado, sobraram R$ 22.
Na classe C também houve ganho de renda. Em 2007, sobraram R$ 147, ante uma folga de R$ 122 em 2005. Já para a classe A/B a fôlego diminuiu de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007. A renda disponível é a que sobra após os gastos obrigatórios. A enquete mostra que o ritmo acelerado de consumo deve continuar este ano. Celular, computador, itens de decoração e a casa própria tiveram os maiores acréscimos na intenção de compra.
CRÉDITO
A despeito da preocupação do governo, o crédito continua em expansão. Em fevereiro, aumentou 1,1% ante janeiro e atingiu R$ 957,5 bilhões, equivalente a 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB), maior marca desde maio de 1995. O Banco Central (BC) estima que chegue a 40% do PIB até o fim do ano.
INADIMPLÊNCIA
Outro motivo para a avaliação positiva é que a inadimplência continua baixa. Em fevereiro, 4,3% dos empréstimos apresentavam atraso superior a 90 dias. O porcentual é ligeiramente menor que o de janeiro, de 4,4%. No caso das pessoas físicas, a taxa de fevereiro manteve-se nos mesmos 7,1% de janeiro e ficou abaixo dos 7,3% de fevereiro de 2007.
DÓLAR BAIXO, BRASILEIROS VIAJAM MAIS
Os brasileiros gastaram como nunca em viagens internacionais nos últimos 12 meses. As despesas com viagens internacionais somaram US$ 8,925 bilhões, enquanto os gastos de estrangeiros no País foram de US$ 5,245 bilhões. Os dados se referem ao período entre março de 2007 e fevereiro de 2008 e são os maiores registrados para um período de 12 meses desde o início da série do Banco Central (BC), em 1947. Nem na época do "populismo cambial", quando o dólar custava menos de R$ 1, a gastança internacional foi tão elevada. Dois fatores impulsionam as viagens ao exterior: o dólar barato e o aumento da renda do brasileiro.
PAÍS AGORA É CREDOR INTERNACIONAL
O Brasil fortaleceu sua condição de credor internacional, mesmo com a piora no quadro econômico internacional. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), o volume de reservas cambiais e outros ativos superava o da dívida externa em US$ 18,807 bilhões em fevereiro. Na prática, é como se o Brasil fosse credor do mundo nesse valor. Em janeiro, a posição credora era de US$ 6,983 bilhões. Os números de janeiro e fevereiro são preliminares. Em dezembro de 2007, o último dado fechado, a posição credora líquida estava em US$ 10,846 bilhões.
INDÚSTRIA
O faturamento da indústria de transformação - que reflete as vendas reais - cresceu 10,5% em janeiro ante o mesmo mês de 2007. É a maior taxa de expansão na comparação com o mesmo período mensal do ano anterior desde agosto de 2004. O conjunto dos indicadores industriais de janeiro, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), também é o melhor para meses de janeiro nos últimos três anos.
As montadoras vão investir US$ 4,9 bilhões no Brasil este ano, o maior montante já gasto pelo setor em um único ano. A maior parte será aplicada no aumento da capacidade produtiva, que passará dos atuais 3,5 milhões de veículos para 3,85 milhões. Em 2009, a capacidade anual chegará a 4 milhões de unidades, um acréscimo de 500 mil veículos em dois anos.
Juntando empresas de autopeças, o investimento chegará a US$ 20 bilhões até 2010. O triênio anterior que teve maior aporte dos dois segmentos foi de 1996 a 1998, quando foram inauguradas 13 novas fábricas, entre marcas que passaram a produzir localmente e filiais das empresas já instaladas no País. Naquele período, foram investidos US$ 11,7 bilhões.
O anúncio da soma dos investimentos e da nova capacidade produtiva ocorre num momento em que o setor registra sucessivos recordes de vendas e há filas de espera de até três meses para alguns automóveis e de nove meses para caminhões.
Zé Flávio:
ResponderExcluir"De gustibus non disputandum est"
(Gosto não se discute). E não sou eu quem vai criticar gosto de ninguém...
Respeito - sinceramente - sua admiração pelo atual Presidente.
Ora, direis ouvir estrelas! Mas, felizmente, e diferente da Alemanha do século passado, quando 99% da população apoiou Hitler num plebiscitido, existem no Brasil vozes discordantes quanto a este "oba-oba" que tomou conta do país. Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra.Mas vejamos - dentro da esquerda - quem ousa discordar:
( Igual a data da pesquisa, objeto de sua postagem, também as discordândia são do início de 2008 e devem estar desatualizadas). Deixo a referência dos "sites" para conferência:
Veja o que os camaradas do PSTU
(http://www.pstu.org.br/jornal_materia.asp?id=8179&ida=0)
colocaram no site deles:
"As pesquisas apontam índices recordes na popularidade do governo. É um fato político que, após seis anos de mandato, Lula siga com índices de aprovação nas alturas.
Isso acontece, em primeiro lugar, por estar apoiado num dos maiores enganos da história brasileira: um governo representante dos interesses das grandes empresas multinacionais e dos banqueiros com a face da maior liderança operária que o país já teve.
A maioria das pessoas acredita realmente que Lula “se preocupa com os trabalhadores”. Enquanto isso, o governo Bush declara, através de sua representante Condoleezza Rice, que Lula é um bom aliado. E Bush não está falando apenas do papel de Lula no Brasil, onde assegura a continuidade dos planos econômicos iniciados por FHC. Está se referindo também ao papel dele na ocupação militar do Haiti, na crise venezuelana e a um longo etc.
Existe um segundo motivo pelo qual o governo de Lula segue sendo apoiado pela maioria dos trabalhadores. O papel das direções da CUT e da UNE tem uma enorme importância. As direções dessas centrais não apenas apóiam o governo, mas travam todas as mobilizações dos trabalhadores. É inegável que, em muitas e muitas vezes, os sindicatos dirigidos por direções cutistas tiveram suas greves traídas para evitar criar problemas com a patronal e o governo. A CTB, dirigida pelo PCdoB e que, recentemente, rompeu com a CUT, vai no mesmo caminho por seguir apoiando o governo. O MST, apesar de manter várias lutas no campo, ao não romper com o governo termina jogando água no mesmo moinho da CUT e da UNE.
E existe um terceiro motivo, a continuidade do crescimento econômico que é capitalizado pelo governo. Isso tem uma enorme importância porque é parte de um fenômeno internacional: a maioria absoluta dos governos atuais da América Latina, sejam de centro-esquerda (como o do Brasil, Chile, Uruguai ou mesmo Bolívia), sejam de direita (como o de Uribe, na Colômbia) têm grandes níveis de popularidade, semelhantes aos de Lula. Estes governos têm, por trás, a mesma política, aplicando planos econômicos neoliberais adicionados a “políticas sociais compensatórias” como o Bolsa Família no Brasil, que não mudam em nada a miséria reinante, mas rendem bons resultados eleitorais.
Essa fórmula é também aplicada pelos governos da Venezuela e da Bolívia, que apesar dos discursos antiimperialistas, mantêm planos econômicos apoiados nas grandes empresas multinacionais e em políticas compensatórias. Nesses países, algumas medidas de atrito limitado com o imperialismo foram aplicadas, como o controle do gás boliviano, mesmo assim sem romper com nenhuma das multinacionais que explorando as riquezas do país".
...............
Já os camaradas do PCO
(http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=3559) publicaram:
"Esta pesquisa, do Instituto Sensus, foi claramente encomendada para tentar limpar a imagem do presidente Lula que está totalmente desmoralizada diante da população depois do diversos casos de corrupção e roubalheira generalizada no Congresso Nacional nos últimos anos, todos com o apoio incondicional do presidente.
A pesquisa quer fazer crer de todas as maneiras, que agora Lula teria seu segundo melhor índice de popularidade de todo o seu governo, desde de 2003, quando alcançou uma marca um pouco superior ao registrado nesta última pesquisa. Uma farsa que pode ser facilmente desmascarada, pois em 2003, primeiro ano do governo Lula, o esquema de corrupção do “mensalão” sequer havia surgido e agora, depois de inúmeros outros escândalos de corrupção (“mensalão”, “sanguessugas”, caso Renan Calheiros etc.) e ainda todo o escândalo envolvendo os cartões corporativos em que parlamentares, políticos municipais e estaduais e até reitores de universidades estão promovendo de maneira descarada uma farra com o dinheiro público, Lula estaria tão popular e “querido” pela população quanto em seu primeiro ano de governo.
Tanto Lula e o PT quanto os partidos aliados do governo (PMDB, PCdoB, PR etc) estão a beira da falência política e precisam a qualquer custo evitar mais desgaste como este dos cartões corporativos.
Esta tentativa cínica de tentar criar, de maneira totalmente artificial, por meio de uma pesquisa".
É isso aí prof Armando, respeito tb sua opinião e temos provado que pensar diferente não é absolutamente ser inimigo. Às vezes o consenso é bem mais traiçoeiro. A opinião única e monolítica é própria de todas as ditaduras e nós que a sentimos na pele, temos pavor da verdade única e indiscutível. As disputas sempre devem ser as das palavras e aí, entre mortos e feridos, escaparemos todos. Abraço !
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