terça-feira, 16 de setembro de 2008

Esta exuberância de amar

que versos explicariam estas luzes,
de uma manhã ainda mais luminosa,
qual brilho do sol não é,
ainda menos watts de fluorescentes,
mas que de algo vem,
algo que bem sei,
é desta mulher exuberante,
que me fez corpo iluminado,
e nem ao menos a um tubo me ligou,
e vai pela praça qual um cometa,
em sua trajetória excêntrica,
mas arrasta-me como uma cauda,
que do núcleo emana?

amor sem prenúncios,
implode instantaneamente sobre nós,
e deste monturo desfeito,
fótons eletromagnetizados,
corrida no grande colisor de hádrons,
mas nem isso o é,
é puramente uma mulher,
que me desgraça em sua ausência,
soleniza o intervalo face-a-face,
desata-me os nós,
restando-me esta linearidade escorregadia.

que culpa ela tem por esta erupção?
chama dos gases do petróleo,
chama! e vou como mariposa,
mas que culpa tenho de tais sentimentos?
que se completam junto ao abismo da ausência presumida,
e se atrai com tanta força se parte separadas,
subtraindo das roletas de azar uma possibilidade de acerto,
mesmo quando milhares de fichas foram perdidas.

2 comentários:

  1. Essa sensibilidade poética e humana , nos faz sentidas !
    Esse poema tem cheiro de Marta ...e de todas as mulheres que amam no escuro , e na luz do sol interior .


    Beijo

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  2. Zé,
    A poligamia poética e virtual é por Deus permitida !
    risos

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