domingo, 21 de setembro de 2008

sal

Sal

Por muito tempo
fui lata sem tampa
joguei o que transbordava
nos botequins,
nos ônibus coletivo com estranhos,
no avião com os comuns,
bancos de praça são os
lugares da fantasia dentro das cidades
às latas entulhadas de formação
auto-formação, Nietzsche aconselha
e os fabricantes de tampas
vieram dar uma força ao inusitado
sem assombro, ou sarcasmo
bestas de línguas de fogo do saber
cuspindo generosidade
se Deus existisse mesmo
faria uma festa no céu
acho que ele dança
e se alegra comigo
quando eu acho que significo

Marta F.

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