sábado, 18 de outubro de 2008

Caboclo de Asas

Sigo a voar pelo mundo
Acompanhando o sol
Num eterno meio-dia

E no espaço de sonhos
Onde as poesias do tempo
São de minha autoria

Pouso no Araripe
E ao aterrissar nos olhos
Cariri que sôo
Logo me toco!
E te realizo.

Minha artesã-nata-canção
De terra, semente e esperança
Adivinho o que virá pela frente
Como um ritual de pajelança

Logo te toco
E me realizo...

E então somos verdade
Num transe
Anunciada
Escrita e cantada

A duas vozes e quatro mãos
Beijos ofegantes de paixão
Minha centelha da Mãe D'água
Envolvida em capuchos de algodão

Sou um caboclo de asas
E minhas flechas de fogo
São profecias Cariris
Varando a tristeza
E a maldade do mundo

Realizando-nos!

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