quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dos Conceitos

Do nada a fuligem
Torna-se rigorosa, cheia
De marcas indeléveis
Nada afável, nada às favas

Capaz de empalar o mundo
De uma só vez, ela se mostra
Um tanto taciturna, sem afetos
E sem fetos, apenas com
Seus fatos à mostra, trágicos

Quando perguntada
Pelo seu último segredo
Ela deu de ombros, afetada
Em alfinetadas, respondeu
Em perpendiculares:
Fluuuu, fluuuu, vruum, vruum

5 comentários:

  1. Poesia com final onomatopaico
    Muito afável, muitas favas contadas
    Delicioso baião com todos
    os ingridientes deliciosos
    Nosso paladar degusta com gosto

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  2. Valeu, Carlos
    Valeu, Socorro

    Que beleza essa chuva de poesias no blog, já era sem tempo.

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  3. Marcos esta insustentabilidade da teia de aranha dos tempos em voga. Mas poeta não nega: quando fiz fulígem, lembra da fornalha que fez do sólido este pó que enegrece a respiração. Poeta não brinca, lembra as perpendiculares.

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  4. Zé do Vale, meu amigo, ví seu post só agora e de pronto respondo:

    você é que é poeta, já comenta fazendo versos.

    Grande abraço

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