olhaí pessoal. É demais.
Há menos de dois minutos olhava para o Corcovado,
e agora proseamos nesta beirada de luz sem que a distância exista. Vocês já sabem da novidade!? O Crato que é o que deixou de ser, tem sorriso de Mona Lisa e olhar de Capitu. E não é dissimulado não. Nem enigmático. É esta cara que tanto conhecemos, com um corpo recém-nascido e os cabelos tão longos que prometem segura cria de tanto resguardo. De frio não morrerão. Agasalha esta pequena pérola que não se consume assim como o lume da vida que tanto ilumina quanto esvazia o combustível estocado em seu recipiente. O Crato é como nós nesta praça, também é ser do tempo e do território.
Numas madrugadas de eruptivas paixões, derramam-se ardentes magmas por sobre a existência, desce tornando ridícula esta representação da hierarquia diária. Pulverizando estes comandos que existem apenas para que máscaras de poder tão bem se encaixem neste baile a fantasia que a urbe não sabe bem o motivo. Mas no amanhecer há um sussuro de uma ponta a outra do Vale do Cariri, que parece nascer junto com o sol e corre de leste a oeste até o paredão do Araripe como a dizer, já outra verdade diferente de ontem e de todas as manhãs que virão.
E no entardecer com o silêncio árido do pino do sol, quando modorrenta a vida se aquieta na inquietitude do calor numa ponta e na outra ponta o pano fresco da rede que soletra sono. Com um pigarro de secura da voz lixada pelo ar que sonoriza o ronco a plenos pulmões, afinal em pé e o destino do labirinto das ruas. No meio da tarde um sorvete de goiaba, que pelo amor de Deus não seja Kibon e de naturezal alguma fabril, apenas os sorvetes que as pás batiam, com aqueles motores que gruniam sob os balcões do frio aço inoxidável. Olhar as ruas cheias, trançar-se através das gentes e sentir como é da mesma natureza do cheiro de cajá os raios últimos que ainda conseguem escapar do planisfério da chapada.
Eu sei onde fica guardado o esvaziamento do anoitecer, quando todos se recolheram às tocas. Fica entre o arvoredo do Parque Municipal, com as andorinhas volteando, os eucaliptos exalando limpeza e um silêncio amortecedor antes que as televisões explodam em novelas dramáticas em que se vive para trair, fazer sofrer e ser alvo do ódio expectador. Um banho para lembrar-se de toda a pureza que corrompe em unicidade toda a diversidade que a sujeira oferece. Afinal o jantar e correr para a praça.
Pronto aqui estou. Já alguém se encontra? Ih! Cheguei cedo!
Há menos de dois minutos olhava para o Corcovado,
e agora proseamos nesta beirada de luz sem que a distância exista. Vocês já sabem da novidade!? O Crato que é o que deixou de ser, tem sorriso de Mona Lisa e olhar de Capitu. E não é dissimulado não. Nem enigmático. É esta cara que tanto conhecemos, com um corpo recém-nascido e os cabelos tão longos que prometem segura cria de tanto resguardo. De frio não morrerão. Agasalha esta pequena pérola que não se consume assim como o lume da vida que tanto ilumina quanto esvazia o combustível estocado em seu recipiente. O Crato é como nós nesta praça, também é ser do tempo e do território.
Numas madrugadas de eruptivas paixões, derramam-se ardentes magmas por sobre a existência, desce tornando ridícula esta representação da hierarquia diária. Pulverizando estes comandos que existem apenas para que máscaras de poder tão bem se encaixem neste baile a fantasia que a urbe não sabe bem o motivo. Mas no amanhecer há um sussuro de uma ponta a outra do Vale do Cariri, que parece nascer junto com o sol e corre de leste a oeste até o paredão do Araripe como a dizer, já outra verdade diferente de ontem e de todas as manhãs que virão.
E no entardecer com o silêncio árido do pino do sol, quando modorrenta a vida se aquieta na inquietitude do calor numa ponta e na outra ponta o pano fresco da rede que soletra sono. Com um pigarro de secura da voz lixada pelo ar que sonoriza o ronco a plenos pulmões, afinal em pé e o destino do labirinto das ruas. No meio da tarde um sorvete de goiaba, que pelo amor de Deus não seja Kibon e de naturezal alguma fabril, apenas os sorvetes que as pás batiam, com aqueles motores que gruniam sob os balcões do frio aço inoxidável. Olhar as ruas cheias, trançar-se através das gentes e sentir como é da mesma natureza do cheiro de cajá os raios últimos que ainda conseguem escapar do planisfério da chapada.
Eu sei onde fica guardado o esvaziamento do anoitecer, quando todos se recolheram às tocas. Fica entre o arvoredo do Parque Municipal, com as andorinhas volteando, os eucaliptos exalando limpeza e um silêncio amortecedor antes que as televisões explodam em novelas dramáticas em que se vive para trair, fazer sofrer e ser alvo do ódio expectador. Um banho para lembrar-se de toda a pureza que corrompe em unicidade toda a diversidade que a sujeira oferece. Afinal o jantar e correr para a praça.
Pronto aqui estou. Já alguém se encontra? Ih! Cheguei cedo!
Noite passada , justifiquei tua falta com atestado de vistas no Corcovado.
ResponderExcluirOntem senti o cheiro dos eucalíptos , e adormeci na paz....
Pensamos na loucura de falar aozinhos ... Loucura é perder tudo , inclusive a razão . Mas a gente fala , brada , escreve bilhetes telepáticos , e manda música pela amplificadora da praça , numa voz imperativa , e cheia de cumplicidade ....
Esta é pra Zé das Quantas ...:
Vamos fugir
Deste lugar, baby
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde quer que você vá
Que você me carregue
Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pronde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de reggae