segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cansaço

Nem todas as baratas
que a gente mata
inspiram versos.
Neste instante
no banheiro
uma asquerosa
ficou sem palavras
entre o frio alumínio do box
e o esmalte do azulejo rachado.

10 comentários:

  1. Nem toda barata inspira versos. Nem tudo que se escreve é poema. Eu sugiro que aplique SBP entre as duas partes. Não tem como errar!

    E aproveita amanhã e compra um vidrinho de KAOTRINE, dilui em 4 litros de água e espalha pelos cantos da casa sem remover. Deixa por 2 ou 3 dias. Não aplique com crianças perto, nem animais.

    Você vai descobrir que quando chegar em casa com o vidrinho de KAOTRINE, as baratas lá dentro já ficarão inquietas por pressentir seu futuro... rs rs e é verdade!
    Ainda estou pra ver algo erradicar baratas melhor do que Kaotrine.

    Abraços,

    Dihelson Mendonça

    ResponderExcluir
  2. Mas seria injusto,
    meu caro Dihelson,
    matar com veneno quem nos comove.

    O que seria do poeta
    se o silêncio das baratas não comovessem Kafka.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Nem tudo que é poema já brota escrito, assim como nem todo veneno se aplica de pronto. Menos ainda organoclorados entre o azulejo e o alumínio, pois é nesta terra de ninguém que alguém toma posse e posta um poema que por cansaço olha e não esmaga. Abraços poeta de cada segundo.

    ResponderExcluir
  4. O que dizer?

    "Bem, não mate a barata, mate o poema. Com Veneno!"

    Ou então, o contrário:

    "Cuspa, poeta!
    Cuspa a saliva por entre os azulejos, e mate as baratas com seus versos envenenados!
    Porque é cuspindo e escarrando nosso veneno na face do mundo que sepultamos as baratas que brotam das frestas do nosso próprio pensamento! "

    Abraços...

    Dihelson Mendonça

    ResponderExcluir
  5. Ou então, poeta, faça a refeição:

    "Levante-se e COMA a barata com um copo de poesia !"

    Abraços,

    DM

    ResponderExcluir
  6. Meu caro Dihelson,
    que maravilha em ti despertado
    tão intensa paixão e asco
    por nossa amiga barata.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  7. Eca !
    Mas li sm ascos !


    Abraços , no Barroso !

    ResponderExcluir
  8. Tem poemas que a síntese em sí já são um tiro certeiro. Abraços poeta.

    ResponderExcluir