sábado, 29 de novembro de 2008

Dezembro, que seja dezsempre...

Cheia

de ódio

de veneno

de horror

Tonta

suscetível ao amor

vulnerável ao suicídio

venerai ídolos mortos e vive, vive mais

sêca

o êxodo rural

alpargatas de couro em são paulo

não fazem sucesso

Pleno

confiante, incólume

morreu em pé

de tão forte

fraca

retorna à terra das cachoeiras belas

lá eu chamo Paulo...e Paulo afonso

me abre sua natureza exuberante

malas,

de rodinhas e com alças

viagem de natal

bagagem de alma é lençol

pra assustar feito fantasma

naquele floresta

Peter Pan ou Sininho

são fichinha pra druidas

isto é poesia! aquilo é poesia! e poesia é tudo

o que o bem precisa para germinar

minha filha ama Xuxa

o que é belo é belo

quando a mente é terna

beijar mais nunca

minha boca só vomita

minha boca só morde

boca para a delícia de um sorvete de fruta

pedi remoção, foi-se 2009 por aqui

ponte da desunião

Presidente Dutra era Militar

militares nunca mais

façam mal à nação

procissão rica, e os chinelinhos de arrasto

o terço na mão de mãe

não foi chicote pros filhos

Socorro! me tirem de casa

tantas facas na cozinha

e o banheiro com balcão de mármore

tão apropriado às rãs

meu reflexo no espelho, olhos esbugalhados

ninguém espirra de olhos abertos, sabia?

sério, isto é científico

meus olhos fechados, olhos dormidos,

têrço de esmeraldas

no fundo das águas

do rio São Francisco

Um comentário:

  1. Gostaria de pedir a gentileza de quem pudesse reeditar esses dois textos fora do padrão, estão sem estética. Não consegui fazê-lo quando da postagem, olho agora e vejo ocupando muito espaço. Pode ser? Grata, viu?

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