Cheia
de ódio
de veneno
de horror
Tonta
suscetível ao amor
vulnerável ao suicídio
venerai ídolos mortos e vive, vive mais
sêca
o êxodo rural
alpargatas de couro em são paulo
não fazem sucesso
Pleno
confiante, incólume
morreu em pé
de tão forte
fraca
retorna à terra das cachoeiras belas
lá eu chamo Paulo...e Paulo afonso
me abre sua natureza exuberante
malas,
de rodinhas e com alças
viagem de natal
bagagem de alma é lençol
pra assustar feito fantasma
naquele floresta
Peter Pan ou Sininho
são fichinha pra druidas
isto é poesia! aquilo é poesia! e poesia é tudo
o que o bem precisa para germinar
minha filha ama Xuxa
o que é belo é belo
quando a mente é terna
beijar mais nunca
minha boca só vomita
minha boca só morde
boca para a delícia de um sorvete de fruta
pedi remoção, foi-se 2009 por aqui
ponte da desunião
Presidente Dutra era Militar
militares nunca mais
façam mal à nação
procissão rica, e os chinelinhos de arrasto
o terço na mão de mãe
não foi chicote pros filhos
Socorro! me tirem de casa
tantas facas na cozinha
e o banheiro com balcão de mármore
tão apropriado às rãs
meu reflexo no espelho, olhos esbugalhados
ninguém espirra de olhos abertos, sabia?
sério, isto é científico
meus olhos fechados, olhos dormidos,
têrço de esmeraldas
no fundo das águas
do rio São Francisco
Um comentário:
Gostaria de pedir a gentileza de quem pudesse reeditar esses dois textos fora do padrão, estão sem estética. Não consegui fazê-lo quando da postagem, olho agora e vejo ocupando muito espaço. Pode ser? Grata, viu?
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