sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A RAIVORITA: A NOVELA DA RAIVA GLOBAL

Quem assiste a novela das 21 horas da Globo já deve ter percebido ou sentido quanto as cenas de raiva produzem de desequilíbrio psíquico. Se pudéssemos estabelecer uma unidade de medida para a raiva, essa novela bateria todos os recordes, pois carrega e espalha dezenas de toneladas de impulsos raivosos contaminantes. Milhões de pessoas pelo Brasil e pelo mundo (inclusive em Portugal) assistem e absorvem diariamente uma trama sensacionalista “raivorita” onde a raiva é dominante em cada cena. As novelas das TVs, com raras exceções, em seus papéis educativos são a pior coisa que inventaram nos últimos tempos. Será que precisamos mesmo dessa massificação hipnótica na consciência de jovens, crianças e adultos brasileiros? Em busca de mercado e venda de produtos a TV nacional vem extrapolando a ética e o bom senso. Quantos indivíduos entregam suas consciências para uma tela de TV onde o que se transmite é um monte de valores desviados, desestruturados e desequilibrados em nome de uma arte – altamente questionável! – que não se importa pelo sujeito (jovem, criança e adulto) que se encontra do outro lado da realidade da tela – o telespectador. Enquanto isso, os cientistas se esforçam em desvelar os mistérios da consciência e da energia, mas essas novelas (tipo “RAIVORITA”) ignoram ou procuram propositalmente ignorar as novas e fantásticas descobertas das ciências da mente e da realidade sutil das energias. Os produtores de novelas estão mais preocupados com o sensacionalismo da trama fofoqueira e da “picuinha” do que educar e esclarecer sobre as raízes de nossas crises profundas de identidade. Vivemos um tempo onde não sabemos mais separar o joio do trigo; a informação da deformação; a ética da beleza humana, da moral pervertida e doente. E depois essas mesmas TVs apelam para a paz quando uma tragédia social envolve cidadãos comuns (p. ex.: o caso Eloá e tantos outros) – quanta hipocrisia! Além das novelas “raivoritas” apelam para os filmes “raivoritos” – o que eles buscam é aumentar a estatística da audiência – a qualquer custo! E a depressão do povo aumenta assustadoramente, mas jamais os seus produtores admitem a hipótese de que suas novelas e filmes são também componentes-variáveis responsáveis por essas estatísticas.
Os produtores de novelas deveriam se atualizar com as últimas descobertas da ciência para não bombardearem e alienarem ainda mais um povo que mal pode ingressar e entender o mundo fantástico das novas ciências dos séculos XX-XXI. Os ministérios da educação, da cultura e da comunicação deveriam discutir seriamente os rumos das nossas TVs em horários nobres. O mundo merece coisa melhor, caso queiramos de fato a paz e a harmonia entre cidadãos e nações. A mente humana é tão poderosa que um pensamento raivoso pode afetar a estrutura molecular da água – como demonstrou recentemente um cientista japonês! E se é verdade que o nosso corpo é predominantemente de água (alguns cientistas dizem ser de 70 a 80%), podemos imaginar o que milhões de pessoas estão produzindo em si mesmo apenas por estarem ligados às tramas raivosas das TVs. É preciso acabar com o poder devastador das TVs que introduzem nas mentes incautas idéias e valores que com certeza produzirão desgraças no ambiente social humano. Nós estamos interligados fisicamente, psicologicamente e espiritualmente – nada está isolado. Que tal introduzirmos a abordagem quântica nessas tramas “raivoritas”?
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – bernardomelgaco@hotmail.com

Um comentário:

  1. Eu creio (ou pelo menos quero crer) que alguém que se debruça diante das "raivoritas" da vida logo entenderá do mal pra si mesmo e antes que esfole alguém plantará uma roseira.
    Mas também reconheço que seja tarde. Que acabe não esfolando nem plantando roseiras. Pior ainda:
    torne-se uma pessoa profundamente nefasta. E contamine toda água do planeta (e de dentro da gente).
    Excelente texto, parabéns.

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