Ao longo do jardim apenas o olhar
Sobre as flores e ao fundo a mata
O lance do olhar sobre o vôo da borboleta a dançar no ar
Chapada ameaçar o céu, guerra eterna no fim de tarde
Onde o céu ferido sagra rubro-róseo,
Pavor das fadas e gozo dos anjos caídos
No bojo dos fins de tarde, aqui onde chamamos terra
Deu hora de sangue, deu hora cinza, deu hora de sono
Descendo nova cortina, novos atores num palco negro
Onde brada um luzir de homens e mulheres
Que uma vez na terra se fizeram sangrar,
Para que suas sendas de luz nos pudessem chegar
Ao longo do céu, este outro jardim, apenas o olhar
O seio que teme o escuro que anseia o novo
Dança na roda de desejos.
Dúvida cruel:Viver na eternidade, eu floresta imensa dentro de mim
Ou a rosa singular, vivendo para o povo.
Ao longo do céu, guerra eterna no fim de tarde
Arde uma batalha de rosas, pouso do vôo de abelhas
E em mim as centelhas das cores em minha retina
E as sensações que em meu peito ardem
Foto: Beatrix Krüger
Esta dualidade entre uma solitária árvore e a floresta. Entre reter aquele momento e viver tantos outros momentos no esquecimento. Esta luta entre a terra e o céu, tudo é essência de nós mesmos entre eu e nós.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário José do Vale. Sempre muito sensíveis suas observações.
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