E que deus me livre dos livros
Que a fascinação não me fascine
Que o belo passe batido
E o comum se dilua
No liquidificador de merda
E ração adocicada.
E que deus me livre da lombra
Da imagem irreal
Do mantra do vento nas árvores
E que deus me livre da preguiça
Do cio e do ócio
Das fotografias de sebastião salgado
E que deus me livre das gargalhadas
Da sensação de chuva no rosto
Da brisa na madrugada
E que deus, em sua suprema bondade
Me livre dos livres
E aumente um elo
Na corrente que prende meu pé.
The Lupas na área,
ResponderExcluirdessa vez existencial, sem pragmáticas. Beleza de texto, poeta, esmagando naftalinas.
abraços
Enquanto li , senti a presença ou lembrança de um amigo comum. Parecia um "duplix"... Ele e você !
ResponderExcluirEle partiu ...Vocês ficaram !
Beijo
Uma quebra de expectativas. Quando se espera que Deus e o Diabo na Terra do Sol se misture na crítica ao consumismo de Kerouac e pelos becos da periferia, nas embocadura de algo entre luzes, cachaças e conflitos da sobrevivência, vem outra coisa. Vem um quase budista pedindo que o desbaste de todos os trastes que nele colocaram igual um molusco. Pronto o Lupeu agora se volta contra a historicidade dele mesmo. E que vivam os brasileiros do cariri, do Cariricult.
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