O daguerreótipo
O imediato monumento movediço
Entre o nascer e o pôr do sol
A narcose da história provisória
Construía e desconstruía em devoção
Laços de lascívias civilizadas
Em uma linha de produção impecável
Com referentes empacotados em pactos
E signos enlatados em latências
Com prazo de validade estável
Canteiro de obras que imanava
Corredores e intumescia o derredor
E fazia chover gasolina em um pasto deposto
Nas retinas opostas das vacas canonizadas
Vapores moviam motores em
Diacronia e sincronia placentária
Ela contemplava esse novo atavismo
E ofertava os resíduos para sua prole
Em um templo erguido na sala de estar
A solidão com a solene transição
Dos metais preciosos para o cartão de crédito
Com a degradação dos degraus a
Linguagem tornou-se autônoma e surgiu
A necessidade de venda para os olhos
Para um sono tranqüilo surgiu antagônica
A necessidade remarcada do escuro
Tudo precisa ficar imóvel entre a
Mobília e a paisagem imobiliária
Poema dedicado a Dihelson Mendonça
Um conhecedor transcendental da
linguagem secreta da música
lobisomem
ResponderExcluire seus poemas paisagísticos
cinematográficos
belos e medonhos
grande lobo
cada poema um marco-s
Marcos
ResponderExcluirLobisomem
está
se tornando
o Lobo
do próprio
HOMEM
Um grande abraço, meu querido e transcendental escritor pela dedicatória. Vou precisar de um tradutor para essas paisagens tão incríveis...
Dihelson Mendonça
Prezado Marcos,
ResponderExcluirPreciso de um tradutor urgente!
Se texto é tão transcendental que tentar entendê-lo é semelhante a um garoto nascido deficiente mental, cego, tentando compreender Kierkegaard escrito em Hieróglifos, no meio da Marquês de Sapucaí em pleno carnaval...
rs rs
Abração, grande Colosso do Crato!
Dihelson Mendonça
Diga aí the Lupas, poeta e amigo, valeu o comentário brother.
ResponderExcluirabraços
Pois é, grande maestro, felizmente eu não sei escrever poesia com manual do proprietário, mas sei compreender a sua dificuldade.
ResponderExcluirabraços
Diga aí the Lupas, poeta e amigo, valeu o comentário brother.
ResponderExcluirabraços
Pois é, grande Marcos Leonel,
ResponderExcluirSem o manual do proprietário, infelizmente vou ter de me contentar com um presente belo, mas que não se consegue desembalar.
Tentarei levar aos sábios para decifrá-lo, ou plantarei as palavras em solo fértil, para que em tempo oportuno, quem sabe quando passar mais a névoa da minha ignorância, eu esteja apto a absorver tão indecifrável enigma!
Como expressei lá no Blog do Crato, muita gente também se engana ao elogiar textos sem compreendê-los, ou achando que os compreende na totalidade, quando alguns, somente os próprios autores, assim como em certas músicas, apenas os compositores as compreendem e sem desejar que mais alguém os compreenda.
O erro de compreensão é tão perigoso quanto o não compreender totalmente, por isso não quero me arriscar a dizer que entendi, quando uma coisa pode ser outra.
...E quem sabe, não era essa a real intenção do autor, a de meramente expor, sem buscar qualquer compreensão, ou de deixar as múltiplas interpretações à critério exatamente daquele que o ler ??
Abraços,
Dihelson Mendonça
Prezado Marcos,
ResponderExcluirEu não tenho receio algum em expressar a minha ignorância. Pelo contrário, eu tenho receios em expressar a minha sapiência.
Um grande abraço,
Dihelson Mendonça