quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Brasil celebra hoje o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa



Data foi criada em 2007 pelo presidente Lula, que escolheu o dia 21 de janeiro para homenagear Dona Gilda, mãe-de-santo baiana falecida em 2000.
O Brasil celebra hoje, apenas pela segunda vez em sua história, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data faz parte do Calendário Cívico da União para efeitos de comemoração oficial e foi instuída pelo presidente Lula em decreto assinado em dezembro de 2007, que escolheu o dia 21 para homenagear Dona Gilda, mãe-de-santo soteropolitana que faleceu em 2000.
A trajetória de Dona Gilda está intimamente ligada à questão da intolerância religiosa. Em vida, a mãe-de-santo era frequentemente acusada de charlatanismo, conforme afirmou a filha da religiosa, Jaciara Ribeiro. O caso de Dona Gilda, assim como o de diversas outras pessoas que sofreram discriminação religiosa - especialmente as que professavam cultos ou religiões de origem africana - estão em trâmite no Tribunal de Justiça da Bahia.
No ano passado, a data reuniu membros de diversas manifestações religiosas em um desfile em Salvador, de padres católicos a umbandistas e pastores batistas. Neste ano não deve ser diferente.
"Eu creio, os outros têm direito a crer"
Segundo o padre Maciel Maçaneiro, um dos responsáveis da CNBB para o diálogo interreligioso a data é importante para "recordar que cada cidadão tem direito de professar a sua crença, a sua religião, no espaço do Brasil e, ao mesmo tempo, esse direito é recíproco: é meu, seu, de todos."
Apesar de reconhecer ter havido notáveis avanços na aceitação de minorias religiosas, padre Maçaneiro acredita que a discriminação ainda não foi totalmente erradicada no Brasil por ser uma questão também educacional, estritamente ligada ao pouco conhecimento em relação a certas manifestações religiosas.
"Os católicos e cristãos no Brasil se acostumaram com o clima de liberdade, mas nos esquecemos que algumas minorias não têm a mesma aceitação. Esta data toca a religião, mas também é pertinente à educação, de forma que as pessoas devem ser educadas para reconhecer esse valor.", pondera, antes de concluir. "Este não é um valor perene ainda, é um valor que temos que conquistar a cada geração, educando."

2 comentários:

  1. UM EXEMPLO DE INTOLERÂNCIA:

    Bispos da Venezuela condenam ataque à Nunciatura Apostólica em Caracas
    Venezuela (Quinta, 22-01-2009, Gaudium Press) A Conferência Episcopal da Venezuela emitiu comunicado na última segunda-feira em que manifesta preocupação com o atentado contra a sede da Nunciatura Apostólica, em Caracas, ocorrido na madrugada de domingo para segunda e, também, "por outras manifestações de violência que têm ocorrido recentemente em nosso país".

    A sede da representação vaticana no país foi alvo de ataques de cinco bombas de gás lacrimogênio por membros do coletivo La Piedrita, que apoia o governo Chávez. O grupo protestava pelo asilo dado há quase dois anos pela Nunciatura ao ex-dirigente estudantil Nixon Moreno, opositor ao regime chavista e acusado de agressão a um agente policial durante distúrbios em 2006. Moreno ainda se encontra refugiado no local.

    Na ocasião, os manifestantes jogaram panfletos nos arredores da sede da Nunciatura, com os dizeres: "O grupo de trabalho La Piedrita e nosso líder máximo, Valentín Santana, informa ao povo rebelde de Simón Bolívar que nossa organização revolucionária não reconhece a cúpula eclesiástica da Igreja Católica e a considera traidora e covarde com as verdadeiras lutas do povo venezuelano."

    Na nota divulgada na segunda-feira, os bispos venezuelanos repudiaram o ataque. "Dado que, nos últimos tempos, têm ocorrido outros atos violentos contra esta representação diplomática sem que, até o momento, se tenha dado resposta satisfatória sobre os mesmos, exigimos das autoridades competentes que tomem as providências necessárias para esclarecer estes atos e estabelecer as responsabilidades", diz a presidência da Conferência Episcopal na nota. "As autoridades nacionais têm a obrigação de dar exemplo de tolerância e garantir a paz", completam os bispos.

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  2. Bom lembrar que na Venezuela as agressões aos católicos chegaram a um nível deplorável.Em 6 de dezembro de 2003, em Caracas, manifestantes comunistas, partidários do presidente Chávez, tomaram a praça Altamira, na capital, onde os oposicionistas se reuniam em torno de imagens de Nossa Senhora. Em abominável sacrilégio, jogaram as imagens ao chão, fizeram sobre elas suas necessidades fisiológicas e chegaram ao cúmulo de simular a realização de ato sexual com elas. O então vice-presidente do país, presente no local, não tomou nenhuma providência para evitar a diabólica profanação

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