Duas versões são defendidas, entre os historiadores regionais, no que diz respeito a residência onde teria nascido, na cidade do Crato, o Padre Cícero Romão Batista. A primeira versão - defendida por Irineu Pinheiro - diz que o famoso sacerdote veio ao mundo numa casa existente à Rua Miguel Limaverde. A casa pertencia ao coronel Pedro Pinheiro Bezerra de Menezes, e posteriormente fora desmembrada em duas residências. Ambas demolidas, quando do alargamento daquela rua, na fúria insana de destruir o que resta do patrimônio arquitetônico do Crato, para dar lugar à passagem de veículos automotores.
A outra versão, a que nos parece mais certa, defende que o Padre Cícero nasceu numa casinha, no terreno onde hoje se ergue o Palácio Episcopal, na atual Rua Dom Quintino, à época Rua das Flores.
Irineu Pinheiro defendia o imóvel da rua Miguel Limaverde, como o local do nascimento do Padre Cícero, baseado em depoimento de uma escrava da família do famoso sacerdote, conhecida como “Teresa do Padre”, mulher humilde e bastante estimada na cidade de Juazeiro do Norte, onde gozava a fama de uma pessoa virtuosa e de credibilidade.
Entretanto outro ilustre historiador, o Padre Antônio Gomes de Araújo, escreveu este depoimento, “Teresa do Padre, já começava a mergulhar no crepúsculo da própria memória, cuja desintegração começara”. Ou seja, a boa velhinha caminhando para os cem anos de idade, já não dominava mais a própria memória, deficiência física a que estamos sujeitos todos nós, os seres humanos, quando a velhice nos domina.
Já a versão de que o Padre Cícero nasceu numa casinha simples, onde hoje é o Palácio do Bispo, tem diversos defensores. Segundo depoimento prestado pelo cônego Climério Correia de Macedo ao Padre Antônio Gomes de Araújo, e incluído no livro “A Cidade de Frei Carlos”, o cônego declarou: “Minha tia paterna, Missias Correia de Macedo, cortou o cordão umbilical do Padre Cícero numa casa que foi substituída pelo palácio de Dom Francisco" (referia-se ao atual Palácio Episcopal construído por Dom Francisco de Assis Pires, segundo bispo da diocese do Crato).
E continua Padre Gomes no seu livro citado: “É corrente que, no chão em que se ergue aquele palácio, havia de fato uma casa, que foi cenário, por exemplo, da recepção do Padre Cícero quando este chegou do Seminário de Fortaleza, ordenado sacerdote, bem como das festas que envolveram a celebração de sua primeira missa. É certo que dita casa pertenceu ao major João Bispo Xavier Sobreira (...) Com sua morte a dita casa passou à viúva, dona Jovita Maria da Conceição. Seus herdeiros venderam a casa a esta diocese”.
Assim, tudo está a indicar que o Padre Cícero veio ao mundo na casinha simples, entre fruteiras, localizada no terreno onde hoje se ergue o Palácio Episcopal. Deixamos nossa sugestão para que o Governo do Ceará e a Prefeitura do Crato providenciem a colocação de uma placa, assinalando o local onde nasceu um dos mais conhecidos sacerdotes católicos do Brasil, o ilustre filho do Crato, Padre Cícero Romão Batista. É uma forma de preservar a memória histórica de Crato, tão ultrajada e descaracterizada por administradores insensíveis e de poucos conhecimentos culturais...
A outra versão, a que nos parece mais certa, defende que o Padre Cícero nasceu numa casinha, no terreno onde hoje se ergue o Palácio Episcopal, na atual Rua Dom Quintino, à época Rua das Flores.
Irineu Pinheiro defendia o imóvel da rua Miguel Limaverde, como o local do nascimento do Padre Cícero, baseado em depoimento de uma escrava da família do famoso sacerdote, conhecida como “Teresa do Padre”, mulher humilde e bastante estimada na cidade de Juazeiro do Norte, onde gozava a fama de uma pessoa virtuosa e de credibilidade.
Entretanto outro ilustre historiador, o Padre Antônio Gomes de Araújo, escreveu este depoimento, “Teresa do Padre, já começava a mergulhar no crepúsculo da própria memória, cuja desintegração começara”. Ou seja, a boa velhinha caminhando para os cem anos de idade, já não dominava mais a própria memória, deficiência física a que estamos sujeitos todos nós, os seres humanos, quando a velhice nos domina.
Já a versão de que o Padre Cícero nasceu numa casinha simples, onde hoje é o Palácio do Bispo, tem diversos defensores. Segundo depoimento prestado pelo cônego Climério Correia de Macedo ao Padre Antônio Gomes de Araújo, e incluído no livro “A Cidade de Frei Carlos”, o cônego declarou: “Minha tia paterna, Missias Correia de Macedo, cortou o cordão umbilical do Padre Cícero numa casa que foi substituída pelo palácio de Dom Francisco" (referia-se ao atual Palácio Episcopal construído por Dom Francisco de Assis Pires, segundo bispo da diocese do Crato).
E continua Padre Gomes no seu livro citado: “É corrente que, no chão em que se ergue aquele palácio, havia de fato uma casa, que foi cenário, por exemplo, da recepção do Padre Cícero quando este chegou do Seminário de Fortaleza, ordenado sacerdote, bem como das festas que envolveram a celebração de sua primeira missa. É certo que dita casa pertenceu ao major João Bispo Xavier Sobreira (...) Com sua morte a dita casa passou à viúva, dona Jovita Maria da Conceição. Seus herdeiros venderam a casa a esta diocese”.
Assim, tudo está a indicar que o Padre Cícero veio ao mundo na casinha simples, entre fruteiras, localizada no terreno onde hoje se ergue o Palácio Episcopal. Deixamos nossa sugestão para que o Governo do Ceará e a Prefeitura do Crato providenciem a colocação de uma placa, assinalando o local onde nasceu um dos mais conhecidos sacerdotes católicos do Brasil, o ilustre filho do Crato, Padre Cícero Romão Batista. É uma forma de preservar a memória histórica de Crato, tão ultrajada e descaracterizada por administradores insensíveis e de poucos conhecimentos culturais...
Recebi algumas manifestações de apoio (telefonemas, e-mails, contatos de rua) sobre a postagem acima. Isto me surpreendeu. Independente de simpatia ou não que se tenha pela figura do Padre Cícero, creio que o Crato só tem a lucrar ao preservar a memória deste seu ilustre filho.
ResponderExcluirAcho que já passou do tempo das autoridades de Crato resgatar o que (ainda) resta de memória do Padre Cícero na Cidade de Frei Carlos...
Vemos hoje dezenas de ônibus – procedentes de todo o Nordeste – conduzirem romeiros para conhecer a Catedral de Nossa Senhora da Penha, local do batizado de Padre Cícero. A Igreja está fazendo a sua parte. Somente após a chegada de Dom Fernando Panico à diocese de Crato é que a Igreja Católica reconheceu a importância da ação pastoral do Padre Cícero sobre milhões de nordestinos.
Fato perfeitamente natural, pois até o fim do século os bons e corretos pastores que antecederam Dom Fernando Panico não tinham como prioridade este tipo de pastoral, embora, cada um a seu modo, nunca tenha deixado de prestar assistência espiritual aos romeiros que vinham a Juazeiro do Norte. Não devemos esquecer o trabalho que foi feito por Monsenhor Francisco Murilo de Sá Barreto nesse sentido.
A descoberta da importância do Padre Cícero partiu do meio acadêmico. No já distante 1988, a URCA (no reitorado de Teodoro Soares) realizou o 1º Simpósio Internacional Padre Cícero e as romarias. Em 1989, foi a vez do 2º Simpósio sobre o Padre Cícero e a Beata Maria de Araújo. 15 anos depois, em 2004, no reitorado de André Herzog, a URCA retomou a discussão do fenômeno Padre Cícero no meio acadêmico, com o 3º Simpósio Internacional sobre o tema. Não sabemos se a atual administração da URCA dará continuidade aos 3 simpósios já realizados.
Presentemente, o renomado escritor Lira Neto está escrevendo uma biografia do Padre Cícero Romão Batista, personagem intrigante que se tornou um verdadeiro herói para populações de todo o Brasil e é estudado por acadêmicos do mundo inteiro. Já existem mais de 200 livros escritos sobre o Padre Cícero. Qual outro brasileiro o iguala nesse número de obras? Provavelmente só Dom Pedro II.
OPINIÕES:
“A cada ano, cerca de 2 milhões de peregrinos visitam os locais e templos associados ao padre Cícero”
Larry Rother, correspondente do The New York Times
em matéria produzida a partir de Juazeiro do Norte, Ceará, Brazil
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“Não foi, portanto, por acaso, que esse homem de Deus e do povo foi eleito o “Cearense do Século”. Sobre o Padre Cícero já foram editadas centenas de livros e folhetos de cordel, além de inúmeras reportagens em jornais e revistas de circulação nacional e internacional, bem como documentários de televisão, filmes e peças de teatro. Ultimamente tem sido alvo de estudos por parte de pesquisadores de universidades do Brasil e do Exterior, de onde têm saído diversas dissertações de mestrado e teses de doutorado.”
Arnon Bezerra – deputado federal, nascido em Crato-Ceará
A história do Padre Cícero Romão Batista deve ser encarada com muita responsabilidade e seriedade principalmente pelas autoridades religiosas e educadoras do Crato, onde primeiro pontificou o saber acadêmico através de suas instituições de ensino de nível superior e agora também de pesquisa; Juazeiro e os demais municípios do Cariri devem se aliar na revisão dos fatos históricos que envolveram o Padre Cícero e sempre foram analisados com preconceitos ou pouca seriedade ou visão distorcida. Durante seis anos, como aluno do Seminário São José e mais um ano no Colégio Diocesano, ambos no Crato, observei a falta de seriedade no trato histórico dos fatos de Juazeiro ou o silêncio de algumas autoridades que deviam nos orientar melhor como futuros formadores de opinião. No Colégio Salesiano, de Juazeiro, é que comecei a rever muita coisa e, através de um americano, Ralfh Della Cava ("Milagre em Joaseiro")ter um conhecimento melhor, mais sério, mais profundo e mais honesto da minha própria história e do meu povo. Acredito que o padre ou o homem Cícero Romão Batista jamais pensou em entrar para a história como desejava o poeta de cordel e historiador brasileiro João Mendes de Oliveira: " não tenho capacidade, mas sei que não digo a toa,Padre Cícero é uma pessoa, da Santíssima Trindade!..." e nem como deixa transparecer o Padre Antonio Gomes de Araújo, estudioso e pesquisador do Instituto Cultural do Cariri, no seu livro "Apostolado do Embuste". Há que ter um equilíbrio entre a ingenuidade profunda e a responsabilidade de quem sabe e informa, principalmente nestes tempos em que os brasileiros desejam acrescentar mais dois santos cearenses em seus altares.
ResponderExcluirExpedito Maurício.
bom, meu nome e thiago dantas cineastra e professor sou de juaz
ResponderExcluirgostaria de saber se alguem do blog tem um bom conhecimento sobre a abeata Maria de Araujo ou conhece pessoas especialistas nesse assunto.
Estou gravando um curta metragem e quem se interressar entre em contato comigo pelo email thiagomagnifico@yahoo.com.br
Estamos com o apoio do cineastra Marcos Carvalho vcs podem acessar o site cinemanointerior.com.br e se informar sobre minha pessoa com ele. Desde de ja agradeço a atenção.