domingo, 25 de janeiro de 2009

Dom Fernando Panico, 35 anos de Brasil - por Armando Lopes Rafael

Padre Fernando Panico


O próximo dia 13 de dezembro de 2009 registrará os 35 anos do desembarque (acontecido em 1974), em São Luís do Maranhão, de um jovem sacerdote italiano, com 28 anos de idade. A partir daquela data ele faria do Nordeste brasileiro o seu campo de apostolado. Seu nome? Padre Fernando Panico, missionários do Sagrado Coração de Jesus.
Fernando Panico é o quinto e o mais novo filho de uma família simples e laboriosa, sendo seus pais Vito Antonio Panico e Luzia Maria Piri Panico, ambos militantes da Ação Católica. Seu pai era agricultor e participava ativamente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tricase, cidade localizada no extremo Sul da Itália, berço natal da família Panico, que entre seus membros conta com um Cardeal da Igreja Católica, Dom Giovanni Panico, já falecido, tio de Dom Fernando.
Aos doze anos de idade, em 1958, o menino Fernando Panico ingressou no Pontifício Seminário Romano Menor, ali permanecendo até 1962. Entre 1966 e 1967 estudou Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana. O curso de Teologia foi feito no Pontifício Ateneo Santo Anselmo, em Roma, e o mestrado em Liturgia foi feito de 1972 a 1974 no Pontifício Instituto Litúrgico, da capital italiana. Logo em seguida o padre Fernando Panico transferiu-se para o Brasil onde permanece até hoje.
No Maranhão o padre Fernando Panico foi vigário e reitor do Seminário Diocesano da cidade de Pinheiro. Transferido em 1982 para São Luís, a capital do estado, exerceu relevantes cargos dentre os quais: vigário paroquial, reitor do Seminário Maior, Juiz Auditor no Tribunal Arquidiocesano e Superior da Região da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração.
Em 1993 o padre Fernando Panico foi nomeado pelo Papa João Paulo II como bispo da diocese de Oeiras-Floriano, no Piauí. Ali recebeu sua Ordenação Episcopal no dia 14 de agosto daquele ano. E lá permaneceu até 28 de junho de 2001, pois no dia seguinte assumiria a diocese do Crato, como seu quinto bispo, transferido que foi, em 02 de maio daquele ano, para ser o pastor do Sul do Ceará, pelo mesmo Papa João Paulo II.
É o próprio Dom Fernando quem diz: “Deixei a diocese de Oeiras-Floriano, com muito sofrimento interior devido a laços profundos ali construídos com tantas pessoas na caminhada de vários anos a serviço do povo...”
Uma vez na diocese do Crato o dinâmico e simpático bispo conquistou o afeto de todos. Com pouco mais de sete anos entre nós – descontado um ano que padeceu de problemas de saúde – Dom Fernando já recebeu diversos reconhecimentos ao seu trabalho, valendo destacar: a Medalha da Abolição, a mais alta comenda do Ceará; a Medalha Bárbara de Alencar e os títulos de Cidadão Cratense, Juazeirense, Barbalhense, Mauritiense, o diploma como Professor Honoris Causa da Universidade Regional do Cariri. É membro do Instituto Cultural do Cariri (ocupa a cadeira Dom Francisco de Assis Pires) e tantas e tantas outras homenagens...
A maior delas, entretanto, é o afeito que lhe devota seus diocesanos – em todas as cidades do Cariri – que vêem nele um pastor simples, sereno, franco, equilibrado, aberto e cordial, um verdadeiro presente vindo do extremo sul da Itália, para pastorear o rebanho de Cristo no extremo sul do Ceará.

5 comentários:

  1. OCÉLIO TEIXEIRA DE SOUZA disse:
    Caro Armando,
    é sempre bom ler os textos que vc publica aqui no blog.
    Com esses textos vc tem contribuído para divulgar a
    a história religiosa do Cariri, tem divulgado informaçôes muito interessantes sobre a Igreja Católica, seus mártires e santos,
    e tantas outras informações pertinentes ao tema. Valeu. Abçs.
    Océlio

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  2. Entre as boas ações deste bispo foi o reconhecimento do fervor natural do povo simples ao Padre Cícero do Juazeiro inclusive com a luta pela sua reablitação.Luta esta que poderia ser encoanpada por este blog e cratenses.Afinal somo uma única região e o bairrismo irracional não cabe mais.Juazeiro e a Diocese como um todo deve e muito a este bispo italiano já caririense.

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  3. Dom Fernando Panico tem imprimido, com seu incansável trabalho e larga visão de futuro, uma nova era na Igreja do Cariri. Seu apostolado vem sendo marcado por significativas inovações administrativas e novas posturas teológicas, a exemplo da campanha pela reabilitação do Padre Cícero, acima citada pelo professor Vladimir. Neste ponto, sou de pleno acordo da necessidade de união de toda a região na encapação desta causa, o que será de grande valia para o desenvolvimento regional, principalmente no campo do turismo religioso.

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  4. Meus cumprimentos sinceros ao Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano, Dom Fernando Panico, não só pelo brilhante e incansável trabalho sócio-pastoral e espiritual que tem realizado com excelência, em toda a Jurisdição Eclesiástica, concernentes á Diocese do Cariri; mas também pela merecedíssima.e louvável campanha de reabilitação do PADRE CÍCERO ROMÃO BATISTA.
    Ressaltamos que os incontáveis milagres operados pelas mãos deste PADRE, encontrados de forma abundante em toda a Região Nordeste, fortalece a nossa fé para acreditar que os méritos dele, haverão de ser, plenos e justamente reconhecidos na terra, como foram reconhecidos no reino celestial.
    Lembramos que, nenhum ser humano operará milagre algum, se não contar com a aprovação e autorização Divina.
    A PAZ DE DEUS A TODOS!

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  5. Testemunho aqui o peculiar comprometimento que esse Homem de Deus tem para com o avanço da fé católica. Quando tive a honra de conhecê-lo nas dependências do Seminário Santo Antônio em São Luís do Maranhão durante um Retiro Espiritual,demonstrou o então Padre Fernando profundo interesse pelas vocações sacerdotais entre os jovens ao ponto de me propor o convite e na oportunidade me presentear com um exemplar da Bíblia Sagrada versão de Jerusalém com uma dedicatória especial. Segui outro caminho, mas a lembrança de sua influência espiritual e dedicação faz parte de minha História. Celso de Assis Jardim da Silva - Coronel da PMMA.

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