Derrame seus olhos
nas minhas mãos vazadas.
Areia e lágrimas
da mesma origem sumidoura.
Tenho uma inveja grandiosa
dentro do meu peito furado.
Minha carruagem dourada
somente brilha sob lua nova.
Meus cavalos invisíveis
tropeçam nos próprios cascos.
Enlameados relincham e gargalham.
Derrame seus olhos
nos meus antebraços.
Marcas de muriçocas e sardas
da mesma nata de encantamento.
Tenho no umbigo
um reino decaído.
Massa cefálica
da última trombose.
A cultura passeando pelo blog!
ResponderExcluirJá era sem tempo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ sempre com orgulho que vejo por aqui, quase sempre um poema seu, supra-sumo da verdadeira poesia.
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