Cinco para as quatro
Eis um rio desaguado
Que solidão insólita aquela
Sem dentição aparente
Na margem direita
A desolação do velho sofá
Sem reino e sem níqueis
Retidos em segredos
Na margem esquerda
A disjunção onírica
Das cápsulas deflagradas
Que não decifram o inimigo
Na margem incontida
O prazer inafiançável de
Se dependurar em grampos
Sob a pele em sala escura
Eis uma inundação
De espermas nas pernas
Sem restrição aparente
O poema e os seus cantos.
ResponderExcluirDe espaço, de vazio, de segredos.
Sobretudo de imagens.
Nem sempre é preciso um choque.
Há energia suficiente para um longo,
longo, longo tempo de tremores.
Pés descalços, tempo chuvoso -
corre-se o risco.
Um forte abraço,
meu camarada e meu irmão.
Há algo em comum comigo, uma direção desviada, um surpreendimento com o que não estava predito, tuas letras me pegam de jeito, estilo que admiro.
ResponderExcluirBeijo esporádico, como suas aparições.
cinco pras quatro
ResponderExcluirbalas deflagradas
pernas
espermas
e um sofá confessional sem moedas escondidas.
porra!
Valeu, poetas,
ResponderExcluira poesia é a única estrada que cria o seu próprio rumo. Ainda bem que estamos nela.
abraços
"Eis uma inundação"
ResponderExcluirde imagens
nos versos de um bom poema.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirValeu Chagas, pelo comentário,
ResponderExcluirvaleu poeta, abraços!