O abismo do outro passa por meu silêncio.
O beijo e o abraço das sombras alheias
resvalam-se no meu dorso.
Que patético seria o ruminar dos meus bichos
se não lhes oferecesse minha alma.
Meu cotidiano é vasto -
cabe tantas sombras e tantos bichos.
Mas o sentido é o meu sentido.
A loucura é a minha loucura.
A verdade é a minha verdade.
A tolice é somente minha.
Não culpo a vítima pela distância
entre a ponte podre e a margem segura.
A grande Magia e imenso Fogo
acontece quando o poeta
e quem ouve
esquecem-se da palavra
e do Vazio.
Um único tombo -
E o bueiro aberto consome o que traga.
Cara, que lindo, Domingos. Achei tão fundo, tão alma, tão teu verdadeiro e limpo.
ResponderExcluirEscrevo isto imediatamente após ter lido, emocionada.
Um abraço meu querido, e que tudo de verdade, de loucura e de sentido te preencham ainda mais, beijo.