sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Lágrimas

Eu sempre acreditei na Verdade -
debaixo de canivetes,
com os pés pisando cacos de vidro.

E as minhas lágrimas nunca me deixaram só.
Minhas lágrimas sempre sinais
de sorte e mudança.

Medo aprendi a ter menos
olhando no olho do infortúnio -
que em dia de chuva
ofereceu-me um arco-íris.

As bênçãos,
meus caros
transbordam os corações
nunca os bolsos.

Por isso meu filho
chora tanto
e é tão feliz.

Em seguida lhe brilha
um sorriso enigmático
de quem diz -
Passou o trem,
mas tremem os trilhos.

2 comentários:

  1. "...passou o trem mas tremem os trilhos"...
    Qualquer vive tremendo dentro de mim...
    Nem é muito doida ...
    É também lúcida !


    Adorei o poema !



    Abraços.

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