domingo, 22 de março de 2009

Eterna Infância

Desde criança brinco
com as formigas e as nuvens.

No alto fisionomias se formam
de acordo com o vento -

dragões, chapéus, monstros.

Cá embaixo se ventar muito
arrasta até as entranhas do formigueiro.

Mas a intrépida formiguinha sabe
como curtir a ventania

com os pezinhos colados
na folha de manga -

rodopios, tubos, piruetas.

Desde criança lombriguenta
me encanto com as nuvens
mudando as máscaras
conforme o baile.

Às vezes pisava nas formigas
para ver se alguma me mordia
com seu ferrão brilhante.

Tinha que saber de fato
se verdade ou somente sonho
aquele momento de euforia e de morte.

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